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O que o El Niño significa para o trigo nacional?



Na última semana ouvimos a previsão de El Niño, algo que apavora os produtores brasileiros de trigo. Mas ser um ano de influência do fenômeno, tem somente a parte ruim? Quais os efeitos esperados.

Baseando-se nas impressões do Climatempo, observamos as previsões e observações sobre o fenômeno El Niño, que é dado como certo neste momento pelos meteorologistas de todo mundo.

Começando pelo aspecto de chuvas. Teremos como é de se esperar, chuvas acima do normal no período de primavera e verão para o Sul do país. Em primeira mão, isso é péssimo para a cultura nas áreas de plantio mais tardio do Paraná, e principalmente para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Porém cabe aqui a ressalva de que ainda não está confirmada a intensidade do fenômeno, e que o máximo que se pode esperar é um El Niño moderado, nada de forte ou extremo. No curto prazo já teremos efeitos de aumento de chuvas, o que na prática é bom para produtividades no Paraná e a germinação das sementes no Rio Grande do Sul.

Quanto à temperatura, cabe destacar que as previsões anteriores de meteorologistas argentinos (sem prever El Niño) identificavam o aumento da presença de massas de ar frio polar ao longo do ano e com fortes ocorrências de geadas já em maio e no final do ano (setembro e até outubro). O El Niño minimiza esta probabilidade e traz menos chance de perdas pelo frio. Em contrapartida, o freqüente encontro de massas de ar frio com massas de ar quente aumenta a chance de ventos fortes e de granizo.

No Paraná, onde o plantio foi atrasado, a chance de frios extremos tardios, ou mesmo dentro da época correta era vista como um fator limitante à produção e às produtividades. Algo que não está livre de ocorrer na época certa (junho e julho), porém para isso serve o zoneamento agrícola.

Concluindo. Grosso modo, há sim riscos à produção nas áreas de plantio mais tardio do Sul do país, por conta das chuvas. Entretanto o aquecimento das águas do Pacífico protege as lavouras em áreas de transição, como o Norte e o Oeste do Paraná, ameaçadas por secas e por frios nas primeiras previsões disponíveis para este ano safra.

De posse destas informações, escalonamentos da produção, escolha das cultivares quanto ao ciclo, período de vegetação, resistência à germinação nas espigas, etc, se mostram tão ou mais importantes aos produtores, do que simplesmente as produtividades e a qualidade de produto neste ano safra.

 

Fonte: Biotrigo

Via: Andre Beck Goergen

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