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Excesso de chuvas prejudica lavouras de trigo



O excesso de chuvas registradas nas últimas semanas no sul do país trouxe consigo uma situação de apreensão por parte dos produtores rurais, principalmente os produtores de trigo. Longos períodos de chuvas, com altas umidades e baixa luminosidade favorecem o aparecimento de doenças prejudiciais à cultura e dificultam os tratos culturais. A região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, e sudoeste do Paraná, principais regiões tritícolas do país sofreram muito com a condição climática dos últimos dias. Os triticultores com essas condições climáticas ficam impedidos de realizar a maioria dos tratos culturais á cultura, tais como: Adubação de cobertura, aplicação de herbicidas e fungicidas, favorecendo dessa forma o surgimento de invasoras e doenças fungicas, além de essa grande quantidade de chuvas favorecer a perda de nutrientes dispostos no solo. Outro problema enfrentado em alguns locais foi o atraso na semeadura devido às condições de chuva e alta umidade, que impediram a entrada de máquinas nas lavouras e que toda a safra fosse semeada, dessa forma ficando o restante da semeadura para muito tarde, quase fora de seu zoneamento agrícola, podendo haver uma diminuição da área plantada devido a esse atraso. Todo o ciclo do trigo, tanto vegetativo quanto reprodutivo, apresenta uma certa suscetibilidade a doenças quando encontra-se em ambiente favorável (umidade e temperatura), consequentemente essas doenças há a necessidade de realizar controle químico através do uso de fungicidas, tornando assim um custo de produção mais alto e diminuindo a rentabilidade do produtor. No crescimento vegetativo do trigo, as manchas foliares são as principais doenças que ocorrem com o excesso de umidade e com temperaturas mais altas. Doenças como mancha amarela (Drechslera tritici), mancha marrom (Bipolaris sorokiniana), mancha gluma (Stagonospora nodorum), entre outras, não se esquecendo das ferrugens (Puccinia recondita) ou (Puccinia graminis), que deve-se iniciar seu monitoramento desde o afilhamento, lembrando que todas essas doenças são responsável por grandes prejuízos pois diminuem a área fotossintética da planta, dificultando seu crescimento e desenvolvimento. Nesse mesmo contexto, no ciclo reprodutivo da planta, há doenças responsáveis pelo ataque da espiga, dessas, duas doenças se destacam principalmente pela ineficácia do controle químico, uma considerada a principal da região Sul, a Giberela (Gibberella zeae), doença que acaba reduzindo significativamente o rendimento de grãos, no peso de mil grãos, no peso hectolitro e podendo levar a presença de micotoxinas. Na região centro-oeste e no Estado do Paraná, a doença que mais se destaca é o Brusone (Magnaporthe oryzae), doença que também infectam a espiga, causando deformações nos grãos e levando ao baixo peso específico, diferentemente da giberela, o brusone se desenvolve em temperaturas mais altas, por isso sua incidência não é muito constatada na região sul do país. Sendo assim torna-se de extrema importância o conhecimento de futuros eventos climáticos para a definição das culturas corretas a serem implantadas, tornando uma safra com menores riscos de perdas produtivas e financeiras ao produtor.

Fonte: Canal do produtor, Agrolink.

Via: Reginaldo Schaefer , Rossano Dagios

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