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Experimento com cultivares de canola



O grupo PET Ciências Agrárias está realizando avaliações do experimento com canola. Foram semeadas 6 cultivares de canola no campo experimental da Universidade Federal de Santa Maria, campus de Frederico Westphalen, RS, com o intuito de verificar a cultivar com melhor adaptação e produção de grãos e rendimento de óleo na região. O experimento consistiu na avaliação do ciclo e do desempenho agronômico de 6 cultivares de canola semeadas em 2 épocas, uma cedo (08/05/2015) e outra tardia (16/06/2015). As cultivares utilizadas foram: Hyola 433, Hyola 50, Hyola 61 Hyola 76 Hyola 571 CL e Hyola 575 CL.

Esse experimento está sendo realizado em parceria com a EMBRAPA Trigo, empresa que disponibilizou as sementes através do Prof. Dr. Gilberto Omar Tomm. Durante o experimento estão sendo feitas avaliações relativas aos seus ciclos e incidências de pragas e doenças. Notou-se que as cultivares semeadas na primeira época demonstraram melhor desenvolvimento vegetativo, apresentando maior estatura de planta, maior área foliar, e números de folhas. Os dados referentes a produtividade ainda serão avaliados. As condições climáticas foram prejudiciais ao desenvolvimento da canola este ano, tanto pelo favorecimento para o aparecimento de pragas, como também com as quedas de granizo e veranicos.

Primeiramente, no início do mês de junho houve grande infestação da vaquinha (Diabrotica speciosa) na canola da primeira época, quando esta apresentava 2 a 4 folhas. Esta praga ataca desde a fase da emergência até a fase que a planta apresenta de 4 a 5 folhas. Entretanto, foi visto que ela continuou atacando até a floração.

No mês de julho houve queda de granizo, estando as cultivares da primeira época em estádio de florescimento e a canola da segunda época não tinha ainda emergido. Após isso, houve dez dias seguidos de muita umidade com grande pluviosidade, o que ajudou a atrasar um pouco a emergência.

Apesar de tudo a canola teve um bom desenvolvimento, e apresentou boa floração, verificando grande diferença entre as cutivares referente o tempo em dias entre período de emergência e floração e também na duração desta fase.

Como passamos por um inverno primeiramente úmido, depois quente e seco, isso ajudou a proliferar certas pragas, e uma delas foi o pulgão ceroso das crucíferas (Brevicoryne brassicae). Em meados do mês de agosto houve um aumento significativo da população de pulgões, atingindo infestações generalizadas e elevadas nas inflorescências, tanto nas canolas com síliquas já formadas (primeira época) e também nas folhas e inflorescências nas cultivares da segunda época. Em condições que favoreçam o seu desenvolvimento, os pulgões se multiplicam rapidamente, aumentando sua população em poucos dias, causando prejuízos por sucção de seiva nas folhas, brotos e inflorescências. Ao todo, foram aplicados 3 vezes inseticidas na canola da primeira época e 4 vezes na segunda época.

As cultivares de canola da primeira época foram colhidas no dia 22/09/2015. Sendo a canola uma cultura muito desuniforme para a determinação do tempo exato de colheita, sua colheita se fez quando 50% das sementes nas síliquas mudaram a cor verde para marrom, considerado este o ponto ideal para a colheita, independente da cor dos ramos ou das síliquas, podendo estes estar ainda verdes, mas com os grãos já marrons.

As avaliações morfológicas e de produtividade das cultivares da primeira época estão sendo realizadas em laboratório. As canolas da segunda época estão ainda em fase de florescimento e enchimento de grão. Os resultados brevemente serão tabulados, analisados e posteriormente publicados.

Por: Carlos Alberto Gonsiorkiewicz Rigon Membro Grupo PET Ciências Agrárias – UFSM/FW 04/10/2015

 

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