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Lucas Visentini, Professor Homenageado da 48ª Feira do Livro de Santa Maria, relata a emoção de receber esse reconhecimento.



Em seu livro "Da Desfaçatez das Palavras" a dedicatória foi à UFSM.

Lucas Visentini, egresso do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Maria, período sanduíche em Universidad de la Republica, turma de 2010, e do curso de Pedagogia, turma de 2015, tem Especialização em Ensino de Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Mestrado (2014), com período sanduíche de estudos e elaboração de dissertação de mestrado na Universidade de Valência (UV), e doutorado (2020) em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria.

Professor da Educação Básica na cidade de Santa Maria, também é pesquisador, tendo como foco de pesquisa a educação. Tem 3 livros publicados, sendo eles: Neto e a Boca do Monte (Academia Santa-Mariense de Letras); Da Desfaçatez das Palavras (Editora e Gráfica Caxias); Céu, Sol e Mar: a travessia (Edição do Autor). É editor cadastrado na Câmara Brasileira do Livro e Membro do Conselho Editorial da Editora e Gráfica Caxias.

Foi o Professor Homenageado da 48ª Feira do Livro de Santa Maria, uma grande honraria junto com Prêmio Paulo Freire Talentos em Educação que recebeu da Câmara Municipal de Santa Maria em 2019.

VOLVER – Para começar, nos conte quais lembranças guarda da UFSM e como a universidade contribuiu para que você chegasse onde está hoje?

LUCAS – Ingressei aos 17 anos como estudante do Curso de Ciências Contábeis da UFSM. Um mundo novo começava para mim, um menino jovem e inexperiente vindo de uma pequena cidade do interior da Quarta Colônica de Imigração Italiana do Rio Grande do Sul. Ingressar nessa instituição internacionalmente reconhecida e respeitada sempre foi um sonho para mim, um sonho que se concretizou.

A primeira palavra que me ocorre quando penso na UFSM é “gratidão”. Serei eternamente grato por essa instituição ter feito (e ainda fazer) parte da minha trajetória [autotrans]formativa. A UFSM é a instituição que mais contribuiu para eu me tornar o profissional que eu sou. É uma universidade de excelência. Realizei intercâmbios, estudei e apresentei trabalhos científicos em várias universidades estrangeiras e posso afirmar com toda certeza que a UFSM foi a universidade mais importante e significativa para a construção de meus conhecimentos. A UFSM é meu orgulho! Tanto que um de meus livros foi dedicado à universidade!

VOLVER – O seu foco de estudo e pesquisa é a educação, como se deu essa relação? Como foi a escolha pelo curso de pedagogia?

LUCAS – Como eu afirmei anteriormente, eu ingressei primeiramente no Curso de Ciências Contábeis da UFSM. Como requisito para a conclusão do curso, realizei uma pesquisa que versava sobre conhecimentos de estudantes da Educação Básica sobre temas relacionados à Educação Financeira. A partir dessa experiência, após a conclusão do curso, prestei vestibular novamente e ingressei no Curso de Pedagogia da UFSM. O curso é incrível! Todos deveriam fazê-lo! Apaixonei-me ainda mais pelas Ciências da Educação, o que fez com que eu continuasse a estudar: cursei especialização, mestrado e doutorado. Hoje sou professor da Educação Básica, tenho muito orgulho de exercer a profissão mais nobre de nossa sociedade.

Durante o evento da Feira do livro de Santa Maria

VOLVER – Recentemente você foi o Professor Homenageado da 48ª Feira do Livro de Santa Maria, como foi receber esse reconhecimento?

LUCAS – Foi um momento inesquecível! Um momento de alegria e gratidão. Certamente foi um dos acontecimentos mais importantes em minha trajetória [autotrans]formativa, não somente pelo reconhecimento de meu trabalho, mas pela gigantesca responsabilidade de representar a classe dos professores nesse evento tão significativo para a cultura de nossa querida cidade.

Gostaria de destacar que, em meu discurso na abertura da Feira do Livro, agradeci publicamente à UFSM (o magnífico reitor estava presente) por todos os conhecimentos construídos no decorrer de quase 20 anos de pertencimento a essa maravilhosa instituição. Ressaltei a necessidade de sempre defendermos a universidade pública, gratuita e de qualidade para o progresso de nosso país.

VOLVER – Quais desafios e quais recompensas você aponta no trabalhar com educação no Brasil?

LUCAS – São muitos os desafios que os professores enfrentam nas escolas de nosso país. As pessoas ficariam escandalizadas se soubessem os valores dos recursos financeiros que uma escola recebe para se manter. Quem não acredita em milagres deve conhecer quanto uma escola recebe para se manter. Fazemos muito com tão pouco, práticas pedagógicas incríveis, projetos e ações educacionais são realizadas em nossas escolas com recursos limitadíssimos. Professores, além de ensinar, conseguem fazer mágica em muitas situações…

Também são muitas as recompensas em ser professor. Pensar que a minha profissão é a responsável pelo desenvolvimento pessoal-profissional dos estudantes, pela sua formação humana, científica e cultural, é uma honra e uma responsabilidade muito grande, porque podemos fazer a diferença na vida das pessoas. É ensinar-aprender, aprender-ensinar. É orientar, mediar, acolher, escutar, mostrar para cada estudante o que cada um tem de melhor em si. Um professor pode salvar vidas, um bom professor nunca é esquecido. Tenho inúmeros exemplos de estudantes e ex-estudantes que se destacam nas mais diversas áreas do conhecimento, tais como na cultura, na ciência, nas artes, no esporte etc. Pensar que pude contribuir de alguma forma para o sucesso e desenvolvimento pessoal-profissional dos meus estudantes é muito gratificante.

Prêmio Paulo Freire Talentos em Educação – Câmara Municipal de Santa Maria (2019)

VOLVER – Qual futuro você vislumbra para a educação do país?

LUCAS – O futuro da educação de nosso país dependerá das escolhas que fizermos enquanto cidadãos. Se a questão da valorização da educação continuar apenas no discurso, sem atitudes concretas e coerentes, não haverá mudanças qualitativas. Os professores deste país estão fazendo a sua parte (muitas vezes fazendo mais do que deveriam). Esperamos que o Estado, a sociedade civil e as famílias façam a sua parte também!

Prática pedagógica na escola - Simulação de escavação.

VOLVER – Como você se vê daqui a 10 anos?

LUCAS – Um professor ainda melhor do que sou hoje.

Texto: Lucas Zambon

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