Na tarde do dia 29 de agosto de 2025, aconteceu o terceiro encontro com os inscritos no Grupo de Estudos, promovido pelo Projeto Adote uma Lesão.
Na abertura do encontro, o bolsista Lucas apresentou uma explanação sobre a influência do estresse no processo de cicatrização. Foram discutidos os mecanismos pelos quais situações de estresse podem comprometer a resposta fisiológica do organismo, como a liberação de hormônios (adrenalina, cortisol, entre outros), a supressão do sistema imunológico e a diminuição da oxigenação e da nutrição tecidual.
Esses fatores podem retardar a formação de novos tecidos, aumentar a vulnerabilidade a infecções e, consequentemente, prolongar o tempo de recuperação das lesões. A apresentação favoreceu o diálogo com os participantes, que refletiram sobre a importância de considerar aspectos físicos, emocionais e sociais no cuidado integral ao paciente.
Em continuidade ao encontro, a enfermeira e bolsista Liana Santos Marques ministrou uma apresentação sobre as lesões de difícil cicatrização, destacando as condições crônicas mais comuns na prática assistencial.
A apresentação também contemplou as lesões por pressão e aquelas relacionadas ao uso de dispositivos médicos, ressaltando a necessidade de avaliação criteriosa e individualizada de cada caso. Foram discutidos os pilares da cicatrização, que incluem o acolhimento do paciente, a avaliação detalhada da lesão, a escolha da terapia adequada e o acompanhamento da evolução clínica.
Outro ponto de destaque foi a importância da higiene do leito da ferida, da correta limpeza da lesão e da área perilesional, bem como das técnicas de desbridamento (cirúrgico, mecânico, enzimático, autolítico e até bioterápico), cada uma com suas indicações, vantagens e limitações.
Foram abordadas as úlceras venosas, responsáveis por 80 a 90% das úlceras de perna e com maior prevalência em mulheres, especialmente em idades mais avançadas; as úlceras arteriais, geralmente associadas à arteriosclerose obstrutiva crônica, caracterizadas pela claudicação intermitente e ausência de pulsos distais; além das úlceras diabéticas, que podem ser neuropáticas, isquêmicas ou neuro-isquêmicas, frequentemente localizadas na região plantar ou nas extremidades dos pés.
Esse conteúdo reforça a necessidade do conhecimento técnico-científico para a tomada de decisões fundamentadas e para a utilização de tecnologias de cuidado baseadas em evidências.
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📸 Confira abaixo as fotos registradas durante o encontro!