A UFSM vem trabalhando na conscientização da comunidade acadêmica, através de campanhas publicitárias, com relação ao assédio dentro da universidade desde 2017. Esta temática vem sendo abordada em ambientes universitários de todo o país principalmente depois que vários casos de violência em Universidades do Estado de São Paulo vieram a público em 2014, acarretando na instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de São Paulo.
O assédio moral apresenta condutas abusivas e repetitivas que visam humilhar, ridicularizar, menosprezar, desestabilizar emocionalmente, causando danos físicos ou psicológicos. Dentro das universidades, o assédio moral ocorre com acadêmicos, professores ou servidores que são colocados em situações constrangedoras e que ferem a sua dignidade, através de atitudes sistemáticas e prolongadas. Geralmente o assediado encontra-se em uma posição subordinada ao agressor.
Já o assédio sexual caracteriza-se por uma abordagem abusiva, sem o consentimento da vítima, com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual. Neste caso a vítima também costuma estar numa posição hierárquica inferior em relação ao agressor. Pode ser considerado assédio sexual o toque em partes íntimas, um beijo forçado ou qualquer atitude que tenha por finalidade dar prazer sexual ao agente sem aprovação da vítima. Quando não há consentimento de ambas as partes, caracteriza-se abuso. As mulheres representam, ligeiramente, a maior parcela das vítimas desse tipo de violência
A Ouvidoria Geral da UFSM recebe denúncias de agressões e encaminha processos sindicantes e/ou administrativos disciplinares através da COPSIA. As denúncias podem ser feitas de forma anônima ou identificada, é importante que se ofereça o máximo de detalhes sobre o caso. Apesar de o processo ser desgastante para a vítima, os casos devem ser registrados para o correto procedimento da situação. A mediação da Ouvidoria busca proteger a vítima da exposição ao agressor.