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Leônidas da Silva: Pelé antes de Pelé



Por: Walter Guerra

Leônidas da Silva foi o primeiro futebolista brasileiro a conquistar o mundo.

Por muitos anos, o futebol brasileiro esteve ligado à elite branca, excluindo a população negra. Leônidas da Silva, o “Diamante Negro”, destacou-se como um dos maiores ícones do futebol, seu grande talento o fez pioneiro o na luta contra o racismo, fazendo records de média de gols e abrindo caminho para outros jogadores negros. Leônidas enfrentou resistência e discriminação no Botafogo, onde foi descartado devido a pressões elitistas.

A trajetória de Leônidas da Silva, conhecido como “Diamante Negro”, um ídolo brasileiro e Flamenguista e também São Paulino, foi um dos principais jogadores da história do futebol brasileiro, ele era considerado o “Pelé antes do Pelé”, antes do rei sentar-se no trono, o mesmo era ocupado pela lenda brasileira. Leônidas enfrentou resistência e discriminação no Botafogo, onde foi descartado devido a pressões elitistas e raciais. 

O Botafogo, em particular, era um clube que refletia a exclusão social das camadas mais pobres e negras, e, como muitos outros clubes da época, resistia à ideia de integrar jogadores negros em suas equipes principais. 

O Flamengo, com sua crescente base de torcedores de origem humilde, tinha uma relação menos excludente com jogadores negros. Segundo Mário Filho, em O Negro no Futebol Brasileiro (1947).

A mudança em sua trajetória ocorreu quando ele se transferiu para o Flamengo, clube onde se tornaria um ídolo popular e alcançou grande visibilidade, se tornando uma figura de destaque na sociedade brasileira. Ao contrário do Botafogo, o Flamengo, com sua base de torcedores populares, era mais aberto à presença de negros em seu time.

“Além da artilharia e da Bola de Ouro na Copa do Mundo da França, em 1938, detém, até hoje, uma das melhores médias de gol da história da Amarelinha: foram 37 tentos em 37 partidas.”

Diamante Negro se tornou o principal jogador do futebol brasileiro antes do surgimento de Pelé.

A história de Leônidas da Silva, o criador do gol de bicicleta, é um exemplo claro da resistência dos atletas negros ao racismo no futebol. Sua trajetória mostra como, apesar das dificuldades, muitos desses atletas conseguiram superar as barreiras raciais e se firmarem como ícones populistas.

Sua passagem pelo Flamengo, especificamente, representou a consolidação do futebol como um fenômeno de massas e o início de uma mudança na percepção da presença negra no esporte.  Pelo Flamengo, Leônidas entrou em campo 149 vezes, entre os anos de 1936 e 1941, tendo marcado 153 gols, média de mais de 1 gol por jogo. 

Foi para o São Paulo como a transação mais cara do futebol sul-americano da época, marcando 144 gols marcados em 212 jogos. Leônidas era tão popular quanto o presidente Getúlio Vargas, conhecido como “O pai dos pobres” e foi o primeiro brasileiro a ganhar uma bola de ouro, tendo levado o Brasil ao terceiro lugar da copa de 1938.

A popularidade de Flamengo e São Paulo, se deve muito a este grande ícone do futebol brasileiro. A partir dele, os clubes com uma mentalidade racista, começaram a abrir espaço para jogadores negros. Leônidas era um gênio que levou o futebol vistoso do Brasil para outra etapa, conquistou corações e se tornou um grande ídolo nacional. Hoje, no dia da consciência negra, se faz ainda mais importante retratar a história de um dos principais jogadores brasileiros de todos os tempos.

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