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Energia Sustentável no Brasil: desafios e oportunidades para ampliar a sustentabilidade ambiental



Por Amália Miura

A Evolução da Sustentabilidade Ambiental no Brasil 

Desde a década de 1960, a crescente conscientização sobre a finitude dos recursos naturais tem impulsionado discussões sobre sustentabilidade, políticas ambientais e energéticas ao redor do mundo. Nesse contexto, o Brasil tem evoluído no debate e na implementação de políticas públicas voltadas à sustentabilidade, especialmente, no setor energético, que desempenha papel fundamental no desenvolvimento econômico do país. 

A sustentabilidade no setor energético brasileiro tem sido marcada pela adoção de fontes de energia renováveis, como a energia hidrelétrica, solar e eólica, para suprir a crescente demanda de eletricidade. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), entre 2003 e 2013, houve um aumento expressivo na instalação de energias limpas, reduzindo a dependência de fontes não renováveis, como o petróleo e o carvão. Esse período foi particularmente significativo para a evolução da matriz energética brasileira, que destaca a implementação de políticas públicas, na busca de  diversificar e aumentar o uso de energias renováveis no abastecimento interno. 

Um dos marcos importantes para essa trajetória foi a criação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), lançado em 2002, que tem como objetivo incentivar o uso de fontes de energia renováveis. O programa visa estabelecer uma matriz energética mais diversificada, especialmente em fontes como a biomassa, pequenas centrais hidrelétricas e parques eólicos. Ao longo de sua execução, o PROINFA obteve sucesso em termos de crescimento sustentável, tendo ampliado a participação das energias renováveis na matriz energética brasileira. 

Desafios acerca da Expansão de Fontes Alternativas de Energia 

Apesar dos avanços conquistados no Brasil, principalmente em virtude do PROINFA, a expansão das fontes de alternativas energéticas ainda enfrenta uma série de desafios. A dificuldade financeira para acessá-las é um reflexo direto das desigualdades sociais no Brasil, onde muitas famílias de baixa renda enfrentam obstáculos significativos devido aos custos elevados de instalação e manutenção das fontes de energia. Embora a energia renovável seja

cada vez mais acessível em termos de geração, os preços ainda são um empecilho para grande parte da população, agravando as disparidades entre as classes sociais. 

A biomassa, uma das principais alternativas à energia convencional, possui grande potencial, mas carece de melhor investimento em infraestrutura e pesquisa para otimizar a produção e torná-la compatível com outras fontes renováveis. A instalação de usinas de biomassa depende de uma logística complexa de transporte de resíduos e matéria prima, resultando em maiores custos e dificuldades para sua implementação em larga escala. 

As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PHCs), que têm um potencial considerável para ampliar a proposta de energia renovável, também enfrentam obstáculos financeiros e ambientais, retardando sua implementação e limitando seu crescimento no setor energético. As PCHs arcam, também, com a resistência de comunidades locais e de organizações ambientais, que questionam seus impactos no ecossistema e na biodiversidade, já tendo resultado, inclusive, na suspensão de operações comerciais em estados como ES, SC, BA, SP, RS e MG pela ANEEL. 

O Avanço das Energias Solar e Eólica 

O Brasil tem progredido no avanço da utilização de outras fontes renováveis, como a energia solar e eólica, capazes de contribuir de forma significativa para a redução de emissões de gases de efeito estufa e para o fortalecimento de uma economia de baixo carbono. O investimento em energia solar, por exemplo, tem crescido significativamente nos últimos anos, com aumento no número de instalações residenciais e comerciais, além de projetos de larga escala, batendo o recorde de expansão de energia limpa em 2023. 

A energia eólica, no país, é vista como uma alternativa estratégica para diversificar a matriz energética e, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o Brasil é considerado um dos principais produtores de energia eólica na América Latina. No entanto, o país ainda precisa criar políticas públicas mais influentes e incentivos financeiros consistentes para ampliar esses investimentos. Além disso, a falta de uma infraestrutura adequada para a integração dessas fontes de energia na rede elétrica nacional representa um obstáculo para a ampliação das energias solar e eólica.

Texto produzido para a disciplina Comunicação, Cidadania e Ambiente, sob a orientação da professora Cláudia Herte de Moraes.

Edição especial para Íntegra.

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