A Prefeitura de Santa Maria está monitorando casos suspeitos de Leishmaniose Visceral Canina registrados no Município em 2017. De acordo com a Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde, até o momento, foram realizadas 96 coletas em 43 residências. Destas, 17 foram classificados com resultado positivo e aguardam retorno do Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS) para sua confirmação.
O superintendente de Vigilância em Saúde, Alexandre Streb, e o médico veterinário do Município, Carlos Flavio Barbosa da Silva, explicam que os casos suspeitos estão sendo acompanhados de perto.
“Os casos caninos estão sendo investigados. Estamos saindo a campo para coletar sangue dos animais, a elaboração de uma Ficha de Investigação Individual e com aplicação de testes rápidos. As amostras que apresentam reagentes são encaminhadas para o Lacen, onde é realizado novo exame sorológico para a confirmação da doença”, afirma Streb.
Além dos exames clínicos, a Vigilância em Saúde também está orientando os proprietários de cães quanto às formas de transmissão da Leishmaniose Visceral Canina, modos de transmissão, medidas preventivas e cuidados com os animais, com a limpeza da residência e dos pátios, entre outras.
Neste mês, os técnicos estarão atuando também com a colocação de armadilhas em alguns pontos da cidade, na tentativa de capturar o mosquito-palha (Flebotomíneo), pequeno inseto de cor amarelada, transmissor da Leishmaniose. A ação se concentrará na Região Norte da cidade, local com maior incidência de casos suspeitos.
Em Santa Maria a situação está sob controle e sendo monitorada, mas requer cuidados. Em Porto Alegre, há registro de quatro casos fatais de Leishmaniose em humanos. Por isso, caso o proprietário de cães observar sintomas característicos como perda de peso, pelagem opaca, falta de apetite, úlceras, anemia, apatia, inchado nos gânglios, diarreias e vômitos persistentes, além do crescimento exagerado das unhas e seborreia, deverá procurar imediatamente um médico veterinário.
Para o monitoramento dos possíveis casos de Leishmaniose Visceral Canina Canina, o Município conta com o apoio da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, do Lacen-RS, da Vigilância Ambiental em Saúde, de doutorandos e residentes do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e de Biomedicina do Centro Universitário Franciscano.