Identificação
- Identifique cada amostra coletada com rótulo, escrita legível e sem risco de borrar ou desprender/soltar;
- A identificação pode ser com nome (estrela, mimosa, etc), número de brinco ou tatuagem, ou outra identificação utilizada pelo proprietário;
- Utilize frascos ou embalagens separadas para cada animal e para cada tipo de amostra;
- Colete o máximo de informações relacionadas com o caso e anexe ao material enviado;
- Identifique o veterinário requisitante e o proprietário com endereço completo, endereço eletrônico, telefone/whats para contato;
- Sempre que possível anexe uma folha com a descrição dos casos, suspeita clínica, histórico da propriedade e demais informações que possam ser úteis para o diagnóstico;
Coleta da Amostra
- Colete as amostras da forma mais asséptica possível, evitando contaminação com restos de alimentos, pelos, fezes e outras sujidades;
- Colete os órgãos ou fragmentos de tecidos logo após a necropsia ou morte do animal. Tecidos autolisados dificultam as técnicas de diagnóstico. Evite a contaminação cruzada entre amostras;
- Para a coleta das amostras, de preferência utilize materiais descartáveis (agulhas, seringas, tubos, sacos plásticos) ou esterilizados; sacos e frascos plásticos (ou de vidro) bem limpos também podem ser utilizados
- Caso não possua frascos, vidros, tubos e tampas novos ou esterilizados, lave-os com água e detergente neutro, enxágue-os abundantemente para remover o sabão, ferva em água durante 10 minutos e deixe secar;
- Após acondicionar nos frascos ou sacos plásticos, refrigere o material a 4oC logo após a coleta. Caso a remessa vá demorar muitos dias, opte por congelar o material (menos sangue integral);
- Para a histopatologia, parte dos tecidos pode também ser fixada em formol a 10%, na proporção de uma parte de tecido e 10 partes de formol;
Remessa do material
- Acondicione o material coletado em caixa de isopor com gelo, de preferência reciclável. Opcionalmente pode-se utilizar garrafas pet com água congelada. Evite usar gelo em cubos. Caso seja necessário, acondicione dentro de sacos plásticos;
- Coloque os tubos ou frascos com as amostras em um saco plástico e feche com fita adesiva, barbante ou amarrando bem;
- Após colocar os sacos com as amostras na caixa térmica, preencha os espaços vazios com papel ou jornal velho amassados; evite deixar tubos/frascos soltos e espaços vazios na caixa;
- Tampe e vede a caixa com fita adesiva, evitando que líquidos possa extravasar do interior;
- Inclua sempre a requisição do exame contendo a identificação do veterinário e do proprietário e endereços para contato. Coloque preferencialmente no exterior da caixa com fita adesiva ou dentro de saco plástico e protegido da umidade;
- Procure calcular o tempo entre o envio e a chegada das amostras ao laboratório; preste atenção para feriados e finais de semana;
- Identifique o destinatário e o remetente no lado externo da caixa;
Sugere-se escrever bem legível “material perecível” ou “material sob refrigeração”.
Algumas dicas de como coletar amostras
- Sangue integral é utilizado para isolamento viral ou PCR e deve ser coletado em tubos com anticoagulante e mantido refrigerado. Nunca congele o sangue, pois a hemólise poderá impossibilitar o exame;
- Para coletar soro utilize tubos sem anticoagulante; deixe o coágulo se formar durante 2 horas a temperatura ambiente e ao abrigo do sol e transfira o soro para um novo frasco. Uma vez separado, o soro pode ser congelado ou resfriado por semanas ou meses.
- Envie apenas o soro. Evite enviar o frasco com o coágulo, pois isso produzirá hemólise e impossibilitará o exame;
- Swabs nasais devem ser coletados profundamente e acondicionados em tubos com meio de transporte (PBS ou solução salina com pH 7,2-7,4) fornecido pelo laboratório ou adquirido em laboratórios de análises clínicas ou hospitais.
- Os swabs podem ser adquiridos em hospitais, farmácias ou laboratórios clínicos (evite utilizar cotonetes infantis).
- Em caso de necessidade de usar cotonetes como swab, procure o mais simples e que não possua antisséptico ou perfume;
- Amostras de fezes devem ser coletadas da ampola retal ou imediatamente após a defecação;
- Fragmentos de tecidos ou órgãos devem ser coletados e acondicionados individualmente em pequenos sacos plásticos ou tubos. Após, identifique os respectivos tecidos/órgãos.