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Ex-professor da UFSM-FW volta ao campus para lançar livro-reportagem



Texto: Mabel da Rosa e Emilly Rodrigues

Fotos: Mabel da Rosa

Na última sexta-feira, dia 20, Carlos Dominguez, professor do curso de Jornalismo da UFSM-FW de 2007 a 2015, e desde 2016 na UFPel, em sua cidade natal, retornou ao campus para promover o lançamento de “Peabiru: do Atlântico ao Pacífico, pelo mítico caminho sagrado”, livro-reportagem publicado no início deste ano.

Na palestra, ele contou um pouco sobre sua trajetória e deu uma breve contextualização de sua mais nova obra. Seu livro conta sua longa experiência entre diversos países, como o Peru, e seu convívio com os povos de suas regiões. Em uma pergunta direta do público sobre o que mais lhe marcou, ele respondeu: “Com certeza foi a leveza com que os povos levam a vida. Queria eu ter as condições deles e ser feliz daquela forma. Eles foram ensinados e criados com amor, isso torna as crianças corajosas e sem medo das coisas.” 

Fundador da Agência Da Hora, em 2007, Carlos contou como surgiu a ideia de criar a mesma. Na época em que haveria a edição daquele ano da Expofred, a primeira turma do curso, na época no 2º semestre, queria cobrir o evento, mas não havia lugar onde publicar. Foi aí que ligaram para as rádios comunitárias. As equipes das rádios emprestavam gravadores e disponibilizavam espaços para transmissões ao vivo em sua grade de horários. Depois, a turma se reuniu e escolheram o nome “Agência Da Hora”, começando com a cobertura de jogos e festivais. Ainda sem verba para uma reportagem, surgiu a ideia de fazer uma reportagem com o título: “O que acontece da meia-noite até as 6h da manhã em Frederico Westphalen”.

Carlos lembrou de quando trabalhou no Diário de Santa Maria, onde foi chamado para ingressar em um veículo que estava recém começando. O objetivo daquele grupo de 30 pessoas era produzir um jornal do zero e lançar no mercado, onde já havia um jornal tradicional e estabelecido, o A Razão. A equipe por  vezes chegava a trabalhar de 13 a 14 horas por dia. Carlos era editor de Política e tinha uma coluna. Ele também conta que o jornal tinha carta branca para a maioria dos assuntos, porque um dos objetivos era derrubar a concorrente.

Voltando ao livro, Carlos destacou, entre vários outros enfoques, um fator cultural que foi tanto um obstáculo quanto uma motivação fundamental para a produção da obra, a cultura colonizada. O livro Peabiru é um exemplo de que os jornalistas devem lutar contra a injustiça de esquecer a verdadeira história do território brasileiro para aceitar uma visão elitizada e eurocêntrica. Desmentir uma informação falsa é o dever de todo jornalista, e a obra mostra o quão importante é resgatar e apurar. Como Carlos disse: “nossa história não começou em 1500”.

 

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