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Reflexões sobre a apuração e produção



Laíssa Sardíglia –  laissasardiglia@hotmail.com
Rafael Rangel – rangelrafael16@hotmail.com

Desde o começo da apuração, sabíamos que abordar o movimento negro nas universidades não seria algo tão simples. Este é um tema que envolve questões complexas e delicadas de tratar. No entanto, falar sobre o movimento negro acabou sendo muito mais delicado do que imaginávamos. Os nossos primeiros temores acabaram se dissipando e dando lugar a novas e complicadas questões.

A princípio, a nossa maior preocupação eram as fontes, conseguir marcar as entrevistas. Pensávamos que seria um pouco difícil entrevistar membros dos grupos, e inicialmente até foi. Entretanto, as entrevistas se sucederam muito bem, surpreendendo nossas expectativas. Os dois entrevistados falaram com clareza sobre questões como racismo, cotas, identidade e legitimação.

Foi a partir das entrevistas que percebemos a dimensão do que estávamos abordando em nossa matéria. Após entrevistarmos um membro de cada grupo, pensamos em buscar uma fonte que contextualizasse e justificassem essas organizações. Assim, entramos em contato com o professor de história Cícero Santiago que nos deu uma aula sobre o a presença do negro na sociedade.

Depois de termos adquirido todas as informações que precisávamos, partimos para a elaboração do texto; o que não se deu de maneira tranquila. Além das dificuldades de se escrever em dupla, buscando sermos claros e objetivos; estávamos também tratando de um assunto delicado. O tema precisava ser tratado de forma digna, sem dar margem para subjetividade. Foi muito complicado montar a matéria, a cada momento percebíamos uma frase inadequada que poderia ser mal interpretada ou que caía nos lugares comuns do preconceito.

Porém, não foi só o texto que nos deixou atordoados, mas a criação da página também. A princípio, pensamos que a nossa matéria teria duas páginas, porém descobrimos dias depois que seria apenas uma página.  Tivemos ainda a preocupação com as fotos.  Algumas ideias de edição tiveram que ser abandonadas e  mesmo aconteceu com as sugestões de títulos. Nosso primeiro projeto para as fotos era transformar as imagens em stencils, para dar um tom de mobilização. No entanto, os entrevistados, que são negros, acabariam ficando brancos. Por isso, adotamos a ideia final de usar fotos preto e branco, com os fundos recortados. Acreditamos que o resultado ficou bom, já que deu mais leveza e jovialidade ao texto.

Bem, a primeira edição da .TXT da nossa turma teve seu fechamento.  A nossa dupla se empenhou muito nessa matéria, mas acreditamos que o resultado poderia ter ficado melhor. Por fim, esperamos que a editoria Paralelo tenha dado o merecido espaço ao Movimento Negro, e que, principalmente, os estudantes negros que fazem parte dessas organizações se sintam bem representados. Desejamos que nas próximas edições da revista, esse seja um assunto ultrapassado. Não por já ter sido abordado, mas por nos encontrarmos numa condição social onde essas questões já tenham sido superadas.

 

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