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Ciência em quatro rodas



Projeto Bombaja completa 10 anos de trabalho em equipe e formação integrada.

Eduardo Simioni – simioni.radaresportivo@gmail.com
Laura Moura de Quadros – mouqua@gmail.com

Um dos projetos de extensão do Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) completou, em abril deste ano, uma década de existência: o Bombaja. Idealizado pelo professor de Engenharia Mecânica, Iberê Luiz Nodari, o projeto iniciou suas atividades em 4 de abril de 2003 com o objetivo de ingressar nas competições de Baja SAE e proporcionar aos acadêmicos uma vivência mais prática.

O BAJA SAE Brasil é uma competição voltada para estudantes das áreas de Engenharia Mecânica, Elétrica, de Produção e de Controle e Automação. Para tal, os alunos são desafiados a projetar um carro off-road (fora de estrada) com quatro rodas, capaz de suportar um piloto de até 1,90m e 113,4kg com motor e estruturas padrão de acordo com o regulamento da competição. A equipe, atualmente, é composta por aproximadamente 30 integrantes, e a cada ano, a procura pelo projeto é grande.

Segundo o vice-capitão da Equipe Bombaja e acadêmico do 4º semestre do curso de Engenharia Mecânica, Felipe Ugalde Pereira, a demanda dos estudantes que visam o ingresso no projeto deve-se a dois fatores principais: a área automotiva e a indicação de outras pessoas. “Me integrei à equipe pelo interesse na área automotiva. Mas muitos acadêmicos que pretendem ingressar no projeto foram também incentivados por outras pessoas que tiveram a oportunidade de conhecer o Bombaja”, comenta Pereira.

A equipe da UFSM participou, entre os dias 14 e 17 de março de 2013, da 19ª competição Nacional Baja SAE Brasil – Petrobras, realizada no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), na cidade paulista de Piracicaba. Os integrantes já construíram, ao longo dos 10 anos, 12 carros modelo Baja, e quase todos já participaram de competições regionais e nacionais de Baja SAE. A cada ano, o Bombaja desenvolve um protótipo, em média. A produção de cada peça e sistema dos carros, como freios, trem de força, suspensão, direção, acabamento, parte elétrica e estruturas, é dividida entre os integrantes da equipe que trabalharão em seu projeto.

A competição nacional tem por objetivo testar e julgar os componentes dos veículos projetados pelos estudantes. A equipe deve se organizar como uma empresa desde o planejamento de seu protótipo, as fases do projeto até a execução final do produto. As duas equipes da UFSM – Bombaja/UFSM 1 e Bombaja/UFSM 2 – participaram com um carro cada e foram aprovadas em todas as provas de segurança, motor, conforto, aceleração, velocidade, frenagem, suspensão e tração. Além disso, o projeto escrito também é avaliado, bem como sua apresentação para uma banca de juízes.

A prova mais esperada pelos competidores é a de resistência, chamada Enduro, que consiste em o veículo percorrer uma pista de terra durante 4 horas, com o mínimo de estragos e maior número de voltas possível. Seu objetivo é testar o projeto em ambiente externo, a _ m de avaliar sua durabilidade. Os carros da equipe Bombaja, batizados de BJ-11 e BJ-12, receberam os números 18 e 19, respectivamente, que equivalem à colocação das equipes na competição de 2012. Nesse ano, o evento teve mais de 80 carros inscritos por equipes de quase 70 universidades de todo o Brasil e mais de 1300 participantes.

Na etapa nacional de 2013, a equipe da UFSM foi premiada no quesito “Melhor Aceleração”. Essa conquista rendeu uma posição superior no ranking nacional em relação a 2012, e hoje o Bombaja ocupa a 15ª colocação.

Confira os melhores momentos da equipe na competição:

O projeto, ainda que originado na área da Engenharia, também já foi formado por acadêmicos de Comunicação Social, Administração, Ciência da Computação e Engenharia da Computação. Essa heterogeneidade advém da necessidade de manter em pleno funcionamento uma equipe de grande porte e com importantes compromissos.

Desde novembro de 2012, a equipe trabalha com um novo orientador, Gilmar Fernando Vogel, convidado pelos próprios alunos e pelo professor Iberê Nodari. Vogel afirma que já tinha por objetivo integrar a equipe Bombaja devido à sua admiração pela boa organização do projeto, e para os próximos meses, pretende manter o nível elevado da equipe e aprimorar o projeto de softwares na construção dos carros.

Ainda neste ano, ocorre a competição regional Baja Sul, em Gravataí, de 11 a 13 de outubro, para a qual a equipe planeja aprimorar seus carros em busca de mais conquistas e preparação para o nacional de 2014.

Baja SAE no Brasil e no mundo

Em 1976, ocorreu a primeira competição de Baja SAE. A modalidade automobilística surgiu na Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, idealizada pelo Dr. John F. Stevens.

No Brasil, o projeto Baja SAE foi lançado em 1994, e em 1995 foi realizada a primeira competição nacional da modalidade, na pista Guido Caloi, na cidade de São Paulo.

Desde 2003 até os dias atuais, as competições de Baja SAE ocorrem na cidade de Piracicaba, interior do estado de São Paulo, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo.

Bastidores da .txt

Ao chegarmos para a apuração da matéria “Ciência em quatro rodas”, referente ao projeto de extensão Bombaja, estava em curso o processo seletivo para novos integrantes, hoje cerca de 30 acadêmicos. Para a apuração, conversamos com a capitã da equipe e acadêmica do 5º semestre de Engenharia Mecânica, Patrícia Hepp, e com vice-capitão e acadêmico do 4º semestre do curso de Engenharia Mecânica, Felipe Ugalde Pereira. Ambos contaram sobre suas experiências no projeto e definiram-no em duas palavras: “amizade” e “equipe”. Também conversamos com o professor Gilmar Vogel, orientador da equipe, que se encontrava bastante alegre em fazer parte da equipe e nos conceder uma entrevista para a revista .txt.

O processo de apuração foi realizado na oficina do projeto Bombaja, que está localizada no prédio 7, no Centro de Tecnologia (CT), da Universidade Federal de Santa Maria. A instalação conta com dois andares: a parte inferior é destinada à oficina propriamente dita, e o segundo andar é utilizado para a parte administrativa do projeto.

Logo após a competição nacional desse ano, a Reitoria cedeu um terreno localizado atrás do Espaço Multiuso a ser utilizado para treinamentos e avaliação dos carros da equipe Bombaja. O local, por ora, é provisório, e há planos para uma instalação definitiva no futuro.

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