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Entre o Arco e os acordes



REPORTAGEM: JÚLIA MAIA, LUCIANA TURCATO E VICTÓRIA LOPES

COLABORAÇÃO: HELENILTON ALVES E KAMILA RUAS

 A vida universitária é corrida: entre ônibus lotados, trabalhos para serem escritos e prazos a serem cumpridos, conciliar os estudos e uma banda pode ser complicado. Esse é o caso dos integrantes das bandas Âmago, Mão do Sopro, Pegada Torta e Velha Cortesã.

Fotografia: Júlia Maia
Fotografia: Júlia Maia

O estudo diário em uma universidade e a vida extracurricular dedicada à música fazem parte da vivência de muitos estudantes. A jornada dupla conciliada com estudos e muito amor à música é o que se encontra presente nos integrantes da banda Âmago, Mão do Sopro, Pegada Torta e Velha Cortesã.

O contexto da universidade e o ingresso na UFSM foram fatores importantes para o surgimento de algumas dessas bandas, direta ou indiretamente. Embora alguns vivessem na mesma cidade e se conhecessem, a aproximação entre integrantes da Velha Cortesã e Mão de Sopro aconteceu na UFSM. A Pegada Torta, por sua vez, possui membros que vieram de lugares diferentes para estudar na universidade, e por meio do cenário musical de Santa Maria e região se conheceram, e depois formaram a banda.

 A realidade santa-mariense também é refletida pelas produções das bandas. A maioria delas diz que é impossível viver em Santa Maria e não ser influenciado pela realidade da cidade. Os elementos que fazem parte do contexto da vida universitária também contribuem na elaboração das letras das músicas, A realidade santa-mariense também é refletida pelas produções das bandas. A maioria delas diz que é impossível viver em Santa Maria e não ser influenciado pela realidade da cidade. Os elementos que fazem parte do contexto da vida universitária também contribuem na elaboração das letras das músicas,como dizem os componentes da Mão do Sopro. Canções como “Pingo” da Mão do Sopro e “A paz dessa cidade” da Pegada Torta são exemplos do contexto santa-mariense.

Os integrantes da Velha Cortesã e da Mão do Sopro, acreditam que o período dedicado à universidade e aos estudos interfere no tempo dedicado à banda, o que faz com que se desdobrem para conseguir levar uma vida dupla. Motivo pelo qual os ensaios ocorrem normalmente nos finais de semana.

Para o estudante de Ciências Sociais e baixista da Pegada Torta, Lutiano Nascimento, fazer parte de uma banda não atrapalha os estudos, inclusive auxilia, dando uma motivação a mais. Ensaiar nos finais de semana (e à noite) também é a realidade da Âmago, que utiliza os horários nos quais todo grupo esteja disponível. Dessa forma, o guitarrista e estudante de Jornalismo, Kauê Wienandts, diz que os estudos não atrapalham a banda e vice-versa, pois com organização é possível conciliar tudo.

Uma problemática vivenciada por todos é a falta de espaço para a música autoral em Santa Maria. Não se consegue facilmente um local para tocar e o dinheiro recebido pelo trabalho, muitas vezes, não compensa. Para Lutiano, as bandas normalmente precisam criar seu espaço com pouco ou até mesmo sem apoio: “Se tu quer que aconteça, tu vai ter que fazer acontecer”, afirma.

Para as bandas, o apoio oferecido diretamente pela UFSM é precário, com poucos eventos organizados. Nestes, é comum a valorização de bandas maiores assim, limitando o espaço para as que estão começando. A maior parte dos eventos culturais que acontecem na universidade e na cidade são organizados pelos próprios alunos, e surgem da mobilização dos mesmos.

 A música age como uma válvula de escape da vida universitária e cotidiana para todas as bandas. Existe também, para a maioria deles, o sonho de viver futuramente apenas de música, porém a insegurança é grande devido às dificuldades desse meio incerto, mas essencial na vida de todos eles.

SOBRE AS BANDAS

  • PEGADA TORTA

    É formada por João Kanieski (voz e percussão), Lutiano Nascimento (voz e contra-baixo), Jordana Henriques (voz e violão), Evander Fioravante Almeida (bateria) e Ricardo Tischler Borges (voz e guitarra). “Quero tomar minha bira no Boteco do Rosário, quero tirar do armário o tal do cidadão de bem. Pra ver quem tem realidade respirando lá fora, e que a paz dessa cidade depende dele também.” – Trecho da música “ A paz dessa cidade“. Facebook Pegada Torta

Da esquerda para direita: Jordana Henriques, João Kanieski, Ricardo Tischler Borges, Evander Fioravante e Lutiano Nascimento. Fotografia: Divulgação.
Da esquerda para direita: Jordana Henriques, João Kanieski, Ricardo Tischler Borges, Evander Fioravante e Lutiano Nascimento. Fotografia: Divulgação.
  • MÃO DO SOPRO

É formada por Bruno Regasson (voz), Venancio Guedes da Luz (guitarra), João Vitor Gutkoski Paes (baixo) e Enzo Bom (bateria). Eles enfatizam como a banda foi um projeto que surgiu de repente e tomou uma grande importância na vida de todos, estreitando a relação de amizade entre os integrantes. Confira as músicas: Kampalca, Vem Cá Ver. Facebook Mão do Sopro

Da esquerda para direita: Enzo Bom, João Vitor Gutkoski Paes, Bruno Regasson e Venancio Guedes da Luz. Fotografia: Divulgação.
Da esquerda para direita: Enzo Bom, João Vitor Gutkoski Paes, Bruno Regasson e Venancio Guedes da Luz. Fotografia: Divulgação.
  •  VELHA CORTESÃ

É formada por Felipe Hoppe Rossini (bateria), Guilherme Denardin Gabbi (guitarra), João Pedro Lima da Costa (voz e guitarra) e Vagner Mateus Funck (voz e baixo). A banda tornou os integrantes mais íntimos, e nos momentos bons e nas dificuldades, os integrantes enfrentam tudo junto, os sentimentos são compartilhados. Confira as músicas: Meu Amor Por Ti Morreu, Velho Soldado. Facebook Velha Cortesã

Vagner Mateus Funck (voz e baixo), Felipe Hoppe Rossini (bateria), João Pedro Lima da Costa (voz e guitarra) e Guilherme Denardin Gabbi (guitarra). Fotografia: Divulgação.
Da esquerda para direita: Vagner Mateus Funck, Felipe Hoppe Rossini, João Pedro Lima da Costa e Guilherme Denardin Gabbi. Fotografia: Divulgação.
  •  ÂMAGO

É formada por Guilherme Verardi (violão e voz), Kauê Wienandts (guitarra e voz), Lucas Bartmann (guitarra), Geovani Cassol (baixo) e Cesar Augusto (bateria). Para a banda a música serve de escape não só para os estudos como pra vida. Kauê afirma que ensaiando ou fazendo shows, esquece de tudo de ruim que tem em volta, ficando no mundo que é uma coisa muito boa. Confira as músicas: Numa Relax e Sinergia. Facebook Âmago

Da esquerda para direita: Geovani Cassol, Kauê Flores, Lucas Bartmann, César Augusto e Guilherme Verardi. Fotografia: Elisa Bronzatto
Da esquerda para direita: Geovani Cassol, Kauê Flores, Lucas Bartmann, César Augusto e Guilherme Verardi. Fotografia: Elisa Bronzatto

Confira aqui algumas músicas das bandas

Relato de Apuração

Nós, como estudantes conhecemos muito bem a correria do cotidiano universitário, sabemos que não é fácil conciliar a vida acadêmica com atividades extracurriculares, então a escolha desse tema se deu mediante a curiosidade de saber como esses estudantes conseguem balancear os estudos e ter uma banda.

Durante o processo de criação da matéria mantivemos esse foco de abordar não apenas como é ter uma banda, mas também como eles enxergam o cenário musical em nossa cidade e como é a vida acadêmica dos integrantes de cada. Como foi falado pelos próprios músicos, não deixamos de notar e salientar a falta de incentivo à arte dentro do campus, acreditamos que através dessa matéria, talvez seja possível colocar o enfoque nessa problemática. Notamos também que essas pessoas dão o seu melhor pelas suas bandas, e acreditam que sim, poderiam viver música, porém é algo que sabemos que não é fácil e nem tão valorizado no contexto santa-mariense. Agradecemos a participação das bandas: Âmago, Mão do Sopro, Pegada Torta e Velha Cortesã.

Desejamos muito sucesso a todos vocês!

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