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Histórico

O Museu de Solos do Rio Grande do Sul (msrs), primeiro museu temático de solos da América do Sul, iniciou suas atividades em 1973. Originado por meio de um projeto de ensino-extensão do Departamento de Solos, liderado pelo professor de Pedologia Raimundo Costa de Lemos e financiado pela FAPERGS, o msrs é um espaço de educação e divulgação científica acerca da ciência do solo e áreas afins. Também é uma importante ferramenta de apoio às ações de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pelo msrs, pelo Departamento de Solo e pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo (PPGCS) da UFSM. O acervo conta com mais de 120 monolitos de diferentes classes de solos do estado do Rio Grande do Sul, além de rochas, minerais, mapas, quadros, maquetes e livros relacionados com a ciência do solo.

A inauguração oficial do Museu de Solos do RS ocorreu durante o 14º CBCS (Congresso Brasileiro de Ciência do Solo) realizado em Santa Maria, RS, no ano de 1973, tendo o Professor Raimundo Costa de Lemos como Presidente do evento e da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.

livro inauguração msrs ajustado
Cópia do anais do 14º CBCS de Santa Maria, RS (acervo bibliográfico do msrs).

Em 2008, na ocasião do lançamento da 2ª edição do livro “Solos do Rio Grande do Sul”, a qual fez homenagem ao Professor Raimundo, houve um encontro histórico de diferentes gerações da pedologia gaúcha com a presença dos pedólogos Egon Klamt (UFRGS – prof. visitante na UFSM), Raimundo Costa de Lemos (UFSM), Carlos Alberto Flores (Embrapa – graduação e iniciação científica na UFSM), Ricardo Simão Diniz Dalmolin (UFSM) e Fabrício de Araújo Pedron (UFSM).

Foto pedologos msrs
Registro fotográfico do encontro dos Pedólogos que atuaram na UFSM em diferentes gerações, com contribuições ao Museu de Solos do RS, na sede da Emater/RS em Porto Alegre, 2008. Da esquerda para direita: Egon Klamt (UFRGS), Raimundo Costa de Lemos (UFSM), Carlos Alberto Flores (Embrapa), Ricardo Simão Diniz Dalmolin (UFSM) e Fabrício de Araújo Pedron (UFSM).

Além do prof. Raimundo, o museu contou com a colaboração do Pedólogo Carlos Alberto Flores (na época aluno de IC do prof. Raimundo), do prof. Luis Severo Mutti, e do Prof. Miguel Azolin (participantes das primeiras coletas de monolitos). Na sequência, os prof. Ari Zago, Antonio Carlos de Azevedo, Dalvan José Reinert, José Miguel Reichert, Ricardo Simão Diniz Dalmolin, Fabrício de Araújo Pedron, Paulo Ivanor Gubiani e Ricardo Bergamo Schenato foram seus maiores incentivadores e colaboradores.

Atualmente o museu atende alunos de graduação em Agronomia, Engenharia Florestal, Zootecnia, Biologia, Geografia, Engenharia Ambiental e Engenharia Civil da UFSM e de outras instituições de ensino superior localizadas em Santa Maria e pós-graduação em Agronomia, Ciência do Solo, Geografia, Engenharia Florestal, Educação Agrícola e Extensão Rural, Engenharia Rural, Geomática, Agrobiologia e Educação Ambiental da UFSM. Recebe anualmente milhares de visitantes, entre estudantes do ensino fundamental e ensino médio da rede pública e privada do estado do RS, estudantes de graduação e pós-graduação de diferentes cursos de várias universidades do RS e muitos outros estudantes e técnicos de diferentes estados do Brasil e mesmo de outros países.

No museu de solos, o estudante ou visitante tem um contato visual e sensorial de grande importância na elaboração das concepções morfológicas dos solos além de poder associar a sua distribuição com o material de origem (rochas), relevo e clima, estabelecendo relações de causa e efeito, considerando os fatores e processos de formação dos solos. Características como profundidade efetiva, sequência de horizontes, feições morfológicas especiais, bioporosidade e pedregosidade, podem ser visualizadas e servem de base para a discussão sobre o estabelecimento das classes de aptidão agrícola, essenciais para o planejamento racional de uso das terras. O espaço também permite que estudantes do ensino básico elaborem saberes sobre a importância ambiental, social e econômica dos recursos naturais, especialmente os solos.

A partir de 1993, parte do acervo do museu de solos esteve presente em vários eventos promovidos pelo Departamento de Solos, pelo CCR e pela UFSM como semanas acadêmicas, dias de campo, seminários, feiras agropecuárias, feira das profissões e feiras de ciências. Várias reportagens, escritas e televisadas, de âmbito regional e estadual, foram realizadas enfocando a importância e o pioneirismo do Museu de Solos do Rio Grande do Sul no processo de aprendizagem dos alunos da UFSM, em seu papel de extensão propiciando uma maior integração com a comunidade e seu papel incentivador na elaboração de pesquisas que levem a um maior entendimento das relações solos-geologia-geomorfologia.

Desde 2016 o museu tem investido em parcerias como o curso de Desing Industrial e o Colégio Técnico Industrial de Santa Maria da UFSM e o Instituto Federal de Santa Catarina para a geração de tecnologias digitais (jogos e aplicativos) que contribuam na divulgação de informações sobre os solos, sempre o colocando na vanguarda das inovações educativas na sua área de atuação.

Falando em inovações educativas, nos anos de 2015 e 2016 o museu de solos do RS promoveu a I e a II Competição Sul Brasileira de Identificação de Solos, de forma inédita no Brasil. Em 2018, seus professores foram Coordenador (Prof. Fabrício de A. Pedron) e organizador/juiz (Prof. Ricardo S. D. Dalmolin) da 3ª International Soil Judging Contest, realizada em agosto no Rio de Janeiro, por ocasião do 21º Congresso Mundial de Ciência do Solo. Estes eventos são competições acadêmicas que visam estimular e oportunizar o desenvolvimento técnico/científico dos estudantes participantes. O museu de solos do RS também protagonizou, de forma inédita, a criação do primeiro clube de Soil Judging do Brasil (em 29 de agosto de 2018), criando um espaço especial para a promoção regular de atividades práticas de campo em ciência do solo para os alunos de gradução e pós graduação da UFSM.

Professor Fabrício de Araújo pedron recebendo do Presidente do 21 Congresso Mundial de Ciência do Solo (21 WCSC) prof. Flávio Camargo a Medalha Dr. Alvaro Barcellos Fagundes, pelos seviços prestados à organização da 3ª International Soil Judging Contest, realizada por ocasião do 21 WCSC, no Rio de janeiro, em 2018.

O museu de solos do RS vem desde o inicio de 2017 sendo gerido pelo Programa de Edução em Solos, coordenado pelo Prof. Fabrício de A. Pedron. Nestes dois anos foram realizadas melhorias no espaço físico do museu, com apoio do Departamento de Solos, e diversas expedições de coletas de novos monolitos, permitindo que o acervo aumentasse significativamente. Também foi criada a plataforma digital do museu, substituindo o antigo site na internet. A exposição de parte do acervo (monolitos de solos) foi conectada com a plataforma digital por meio de QR Codes, permitindo aos usuários o acesso a maiores informações sobre o acervo. A organização do acervo e espaço físico e a participação em diversas ações de extensão da UFSM permitiu ao museu elevar o número de visitantes anual, estabilizando em aproximadamente 2,1 mil visitas presenciais e mais de 100 mil visitas on line a cada ano. Em 2018, quando completou 45 anos de atividades, o museu de solos do RS, pela primeira vez na sua história, apresentou a comunidade as 75 unidades de solos representativas do estado, em uma colação de 115 monolitos, 105 deles em exposição, configurando uma das maiores coleções de monolitos de solos do mundo.

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Equipe de coleta no campo em 2017 (Litoral Norte do RS) sobre um pefil de Espodossolo (da direita para a esquerda: Jean Bueno, Luciano Cancian, Fabrício Pedron, Gabriel Deobald e Ricardo Schenato).