Apresentação
A elaboração deste guia partiu da necessidade de uma equipe de profissionais de um serviço especializado em infectologia pediátrica. Ele surgiu diante da imprescindibilidade de diretrizes sobre quando, como e sob quais condições as crianças devem ser comunicadas sobre seu próprio diagnóstico de infecção pelo HIV, de modo a não perder oportunidades de comunicação, especialmente durante a infância, visto que muitas transitam para a adolescência sem ter conhecimento de sua condição de saúde.
Trata-se de uma tecnologia cuidativo-educacional elaborada por meio de uma metodologia participativa, produto de dissertação de mestrado e teses de doutorado desenvolvidas no Grupo de Pesquisa ‘Cuidado à Saúde das Pessoas, Famílias e Sociedade’, do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria.
Este guia destina-se a profissionais que atendem crianças que vivem com HIV e suas famílias, no serviço especializado e/ou no serviço de Atenção Primária à Saúde, com o propósito de subsidiá-los no acompanhamento da comunicação do diagnóstico. Este acompanhamento significa que a comunicação não é um evento isolado, mas um passo no processo de adaptação da criança e da família à infecção pelo HIV e aos desafios de vida que ela representa.
O conteúdo do guia está sustentado em evidências científicas de pesquisas nacionais e internacionais e nas diretrizes da Organização Mundial de Saúde. A apresentação do conteúdo está estruturada em um dos modelos do processo comunicativo, que envolve oito elementos (mensagem, canal, contexto, emissor, receptor, efeitos, ruídos e falhas), que são aplicados desde a pré-revelação até a pós-revelação.
Convidamos você a aplicar este guia no acompanhamento da comunicação do diagnóstico com a sua equipe de trabalho.