Laudo emitido pela PRF aponta que professor da UFSM não causou o acidente

Laudo emitido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia 6 de fevereiro aponta que o professor e colunista do jornal Folha, Elias José Mengarda, não foi o causador do acidente fatal do qual foi vítima aos 60 anos, no dia 1º de fevereiro deste ano, na BR-282, em Saudades, Santa Catarina.

Com base nas marcas de frenagem que ficaram sobre a rodovia e os danos nos veículos, a PRF constatou que o motorista da caminhonete Fiat/Strada – Fabiano Lusa, de 23 anos – fazia uma ultrapassagem quando invadiu a pista contrária, na qual trafegava o Vokswagen/Gol em que estavam Elias e a esposa, Lucineia Aparecida Guarezi Mengarda, de 47 anos, única sobrevivente.

Na noite anterior ao acidente, o casal havia participado da formatura da 6ª turma de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – Campus de Frederico Westphalen, ocasião em que os formandos homenagearam o professor com o título de patrono, motivo pelo qual Mengarda retornou de Santa Catarina para o Rio Grande do Sul enquanto estava em férias.

De acordo com familiares, Lucineia continua internada no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, Santa Catarina, para onde foi transferida a fim de ficar mais próxima dos parentes. A previsão é de que ela ganhe alta nos próximos dias.

Após o acidente, Lucineia havia ficado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São José, no município catarinense de Maravilha.

Trajetória

Elias era natural de Rio dos Cedros, Santa Catarina. Doutor em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Elias começou a dar aulas em Frederico Westphalen em 2006 e fez parte do Departamento de Comunicação da UFSM desde a abertura do campus no município. Antes de morrer, o professor se preparava para cursar pós-doutorado na UFSC.

Para o jornal Folha, Mengarda escrevia desde fevereiro de 2013, sobre diversos assuntos, do cotidiano à área da linguagem, uma de suas maiores paixões. Sempre organizado e dedicado, ele havia antecipado dois textos para aproveitar as férias, intitulados “O refúgio na Literatura” e “O neto e a avó“.

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