Os professores da UFSM decidem nesta quarta, 27, se aderem ou não à greve nacional da categoria, já aprovada em reunião do setor das federais do ANDES-Sindicato Nacional. As plenárias acontecem em dois locais distintos: no campus de Santa Maria, às 14h, no Auditório Lói Trindade Berneira (Anfiteatro do prédio da Química); e no Cesnors, campus de Palmeira das Missões, também às 14h, no Auditório do prédio da Finep. O ponto principal é a discussão e deliberação sobre a deflagração de greve por tempo indeterminado. Todavia, a decisão será precedida de informes sobre o andamento das negociações em Brasília e de uma análise de conjuntura. Em caso de decisão favorável, deverá ser respeitado um prazo, de 48h/72h, para o início do movimento paredista, conforme orientação legal.
O ANDES-SN participa do Fórum de Entidades de Servidores Federais, que tem se reunido com o governo, para tentar negociar uma pauta com 20 itens, que inclui data-base, reposição de perdas e índice de 27,3%. No entanto, as reuniões que ocorreram até agora não tiveram avanços, pois o Executivo alega que precisa ver como se comporta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Afora a pauta conjunta dos SPF, os professores aguardam, desde abril de 2014, uma reposta do Ministério da Educação (MEC) sobre a pauta da categoria, que inclui a reestruturação da carreira. Em reunião na última sexta, com o MEC, o Sindicato continuou sem receber resposta às reivindicações.
Em 2015, novos componentes se somaram à luta dos docentes. Um deles, é o corte de recursos na área de Educação, que tem depauperado as universidades federais, e que pode se agravar a partir do anúncio, na última sexta, 22, pelo governo, de que os cortes na pasta chegarão a R$ 9 bilhões. Na análise do sindicato, cortes significarão mais precarização, piora nas condições de trabalho. A legalização, pelo STF, das Organizações Sociais (OS) para a contratação de professores é vista como um risco à carreira docente, tendo em vista que fica aberta a possibilidade de contratação por fora do concurso público.
ENTREVISTA COLETIVA
A diretoria da Sedufsm, o conselho de representantes e o grupo de mobilização da entidade, marcaram uma entrevista coletiva à imprensa nesta terça, 26, às 15h, na sede da Sedufsm (André Marques, 665). O objetivo do encontro é detalhar mais informações à imprensa, e consequentemente à comunidade, sobre os motivos que estão levando os professores a se mobilizar e cogitar a greve.
PARALISAÇÃO NA SEXTA, 29
Independente da decisão de assembleia, favorável ou não à greve, na próxima sexta, 29 de maio, haverá paralisação dos docentes da UFSM. A decisão foi tomada na plenária ocorrida no dia 14 de maio, e atende a um apelo das principais centrais sindicais do país, que convocaram um “Dia Nacional de Paralisação” contra o ajuste fiscal do governo Dilma e contra o projeto das terceirizações.
DATA E PAUTA DA ASSEMBLEIA
A assembleia dos docentes da UFSM acontece na seguinte data e locais:
Quarta, 27 de maio, às 14h (1ª chamada) e 14h30 (2ª chamada)
Santa Maria
Auditório Lói Trindade Berneira (Anfiteatro “C” da Química)
Palmeira das Missões
Auditório do prédio da Finep.
Pauta
1. Informes;
2. Avaliação da conjuntura;
3. Discussão e manifestação sobre deflagração de greve.
Texto: Fritz R. Nunes
Foto: Bruna Homrich
Assessoria de imprensa da Sedufsm