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Onde está nossa bola?

Livro criado pelo Projeto Auá ensina a história dos meios de comunicação às crianças do Lar de Miriam e Mãe Celita



Dois irmãos adotivos, Cida e Dani, ao brincarem de jogar bola, deixam-na cair no pátio de uma casa abandonada. Lá, eles conhecem os meios de comunicação: Jô, o jornal impresso; Didi, o rádio; Télis, a televisão; e Net, a internet. Juntos, vivem grandes aventuras.

A história é contada no livro Onde está nossa bola?, escrito para as crianças do Lar de Miriam e Mãe Celita, de Santa Maria, pelos integrantes do projeto Auá: Performance e Comunicação Pública da Ciência, da UFSM. O livro é de autoria de Júlia Goulart e Italo de Paula – acadêmicos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, respectivamente -, com organização da professora Cristina Marques Gomes, do Departamento de Ciências da Comunicação do Centro de Ciências Sociais e Humanas da UFSM, e da docente Rafaela Pinto, do Instituto Federal de Brasília e que foi professora substituta do CCSH, em 2017, e aluna do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFSM.

Onde está nossa bola? foi lançado durante a Feira do Livro de Santa Maria. No local, as crianças receberam exemplares e começaram a colorir os desenhos do livro – deixado sem cor para que cada leitor explorasse sua imaginação ao pintar.

A revista Arco conversou com os autores do livro. Confira a entrevista:

Arco: Como surgiu a ideia de produzir um livro para crianças do Lar de Miriam e da Mãe Celita?

Italo: Na ideia inicial do projeto, tínhamos a confecção de um curta-metragem de animação ou um documentário como produto final pós-oficinas. Mas, durante o trabalho desenvolvido, acabamos mudando nossos planos devido à interação com as crianças e recursos disponíveis. O Livro surgiu quando percebemos as habilidades dos membros do Projeto, que consistiam na escrita e no desenho.

 

Arco: Quanto tempo durou o processo de construção do livro?

Italo: As oficinas aplicadas terminaram no primeiro semestre de 2017. Já o livro permaneceu em construção até outubro de 2018, onde em novembro e dezembro de 2018 foi o processo de finalização na Imprensa Universitária da UFSM. Todo o processo de desenvolvimento do livro foi regado de muita reunião e planejamento com todo o grupo, porque todas as etapas estavam entrelaçadas: ideia, escrita, ilustração e diagramação.

Arco: No prefácio do livro, vocês destacam que o tema foi escolhido pelas próprias crianças. Como ocorreu essa escolha?

Júlia: Durante as oficinas, a gente notou que eles gostavam bastante de filmes infantis e amavam filmes de terror também. Foi então que, um dia, a gente fez na oficina sobre cinema, um filme com eles. A gente montou a história e roteirinho juntos, dividimos os personagens e gravamos lá no pátio do Lar mesmo. Eles adoraram. Quando a gente estava nas reuniões, planejando o livro, veio esse ‘clique’ na mente em fazer numa temática inspirada em casa mal assombrada. E os meios de comunicação [que fazem parte da história] eram o nosso ponto de partida, já que as oficinas foram sobre isso.

Arco: Por se tratar de um livro infantil, quais foram os critérios seguidos na hora de produzir a escrita e as ilustrações?

Italo: Foi um momento de muito estudo para todos do projeto Auá, já que nenhum de nós havia escrito um livro infantil antes. Como seria uma experiência nova, decidimos procurar referências criativas e de formato (de livro infantil). Visitamos livrarias e adquirimos alguns livros para sabermos como comunicar a nossa ideia para as crianças.

Júlia: Na hora de produzir a escrita, tentamos simplificar o máximo possível, o mais coloquial e próximo do universo das crianças do Lar, já que o livro foi feito, especialmente, para elas. Tentamos usar de características dos personagens que tinham relação com o seu meio de comunicação, por exemplo: a Jô (o jornal) é super falante e adora contar as novidades; o Didi (o rádio) tem uma voz de radialista e adora contar histórias antigas; o Télis (TV) tem o perfil de apresentador de programa de auditório; e a Net (internet) é mais moderna, mas um pouco lenta também, já que ela ainda é um computador antigo. O mesmo foi com os personagens do livro, a Cida e o Dani, que se juntar CIDA e DANI, dá CIDADANI(a).

Italo: Durante o processo de design, as personagens eram muito mais próximas da estética real do ser humano, mas acabavam por perder a identificação com as crianças, então a Cida e o Dani ficaram com formas mais arredondadas e traços mais simples em toda a sua representação. Houve também referências visuais que colaboraram para o Livro como: Turma da Mônica, Calvin e Haroldo, Gravity Falls, entre outros.

 

Arco: Além do terror da trama, é apresentada a história dos meios de comunicação aos leitores. Qual a importância disso?

Rafaela: Além da cidadania por meio do caráter do Projeto, a intenção foi de trabalhar a educomunicação. É muito importante que os estudantes de Comunicação e os professores da área motivem o debate sobre a importância e as críticas acerca dos meios de comunicação em nossa sociedade. Embora o projeto atinja crianças, é relevante o contato delas com este universo para que, ao longo do tempo, consigam fazer leitura crítica dos meios de comunicação.

Arco: Por que propor que as próprias crianças pintem seus livros?

Italo: A ideia de fazer um livro infantil para colorir colabora bastante na intenção de fazer a criança passar ainda mais tempo em contato com o livro, aumentando a interação com a história e a retenção dos aprendizados propostos.

 

 

O livro está disponível online, mas também pode ser obtido enviando um e-mail projetoauaufsm@gmail.com.

 

Reportagem: Andressa Motter, acadêmica de Jornalismo

Fotografias: Júlia Goulart e Magna Saldanha

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