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Conheça o processo de recuperação de arquivos realizado pelo Hub.Doc

Etapas do processo vão desde o congelamento até a digitalização dos documentos



Mesmo antes da criação do Hub.Doc, a operação de recuperação de arquivos nascida na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) havia se tornado referência. A aplicação prática de conhecimentos técnico-científicos voltados a recuperação e preservação consolidou o processo que hoje é desenvolvido pelo Hub.

Espaço Multiuso conta com câmaras frias e de secagem

As etapas do processo de recuperação são organizadas da seguinte maneira: congelamento, descongelamento, higienização, secagem e digitalização. Em um tour guiado no Espaço Multiuso da UFSM, local onde ocorre a operação de recuperação de arquivos, a arquivista e pesquisadora do Hub.Doc Débora Bianquin Chiapinoto descreve detalhadamente o passo a passo da operação.

Congelamento

Após serem resgatados, os documentos encharcados foram colocados em sacos plásticos para contenção. Antes do congelamento, retirou-se o excesso de água com aspiradores e, quando possível, utilizou-se seladoras a vácuo para remover o ar e reduzir a umidade. Os arquivos são armazenados em contêineres refrigerados, com temperatura abaixo de 20 °C. O congelamento é uma técnica de emergência que interrompe processos de degradação, como a proliferação de fungos e o amolecimento das fibras do papel. Ao congelar, também se evita que as folhas grudem umas nas outras ou que sofram deformações severas.

Descongelamento

O descongelamento ocorre de forma controlada e gradual. Essa etapa é importante para evitar choques térmicos capazes de danificar ainda mais o papel. À medida que o gelo derrete lentamente, os documentos retornam ao estado úmido, mas de maneira mais uniforme e estável, o que facilita a higienização e reduz o risco de rasgos, deformações ou manchas.

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A higienização reduz a carga microbiológica dos documentos em afetados

Higienização

Com os documentos descongelados e ainda úmidos, inicia-se a higienização. Essa etapa envolve a remoção de grampos, clipes, sujidade e resíduos trazidos pela inundação. Para isso, utiliza-se trinchas, panos macios e a capela de higienização para retirar impurezas sem agredir o papel. A higienização também reduz a carga microbiológica, evitando que fungos se proliferem durante a secagem.

Outra etapa da higienização é o entrefolhamento que é feito com folhas absorventes o inseridas entre as páginas molhadas ou parcialmente úmidas. Esse material ajuda a retirar a umidade interna e impede que as folhas fiquem aderidas entre si. Os papéis absorventes devem ser trocados periodicamente, acompanhando o processo de secagem. Essa técnica é fundamental para manter a integridade física do documento, evitando manchas d’água e deformações.

Secagem

A secagem pode ocorrer ao ar, em ambiente ventilado, ou com o auxílio de equipamentos específicos. O objetivo é remover a umidade restante de forma lenta e controlada, preservando ao máximo a estrutura do papel e das tintas. Durante essa etapa, os documentos são monitorados para evitar o surgimento de fungos e para corrigir possíveis ondulações, sempre com manuseio mínimo para não fragilizar ainda mais o material.  Após isso, os documentos passam por uma conferência de páginas e ordenação antes de seguir para a próxima etapa.

Digitalização

Com os documentos já estabilizados e secos, procede-se à digitalização. Essa etapa garante o registro do conteúdo, permitindo acesso seguro às informações e reduzindo a necessidade de manuseio dos originais, que podem permanecer fragilizados mesmo após o tratamento. A digitalização é uma estratégia de preservação a longo prazo e permite que o conteúdo seja consultado e armazenado de maneira mais segura.

Acompanhe as redes sociais do Hub.Doc para saber mais:

Texto: Pedro Moro, estudante de Jornalismo e bolsista no Hub.Doc

Fotos: Paulo Barauna, da Agência de Notícias UFSM

Revisão técnica: Débora Bianquin Chiapinoto, arquivista e pesquisadora no Hub.Doc

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