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Orgulho de Programação: Pioneiros LGBTQIAPN+ em Computação



Com uma morte a cada 23 horas de uma pessoa LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, trans e travestis) e no topo do ranking de mortes de transexuais, é inegável que exista homofobia e transfobia no Brasil. Com o intuito de abrir essa discussão da diversidade no nosso curso, essa edição do PET tem o propósito de apresentar como a comunidade LGBTQIAPN+ contribuiu e contribui para nossa área.
 
Há muito mais para escolher do que Alan Turing, Tim Cook (CEO da Apple), Peter Thiel (criador da Paypal) quando falamos em representatividade LGBTQIAPN+ na computação.
 
Para começar essa lista apresentamos Christopher Strachey (1916–1975): cientista da computação britânico. Christopher Strachey escreveu o primeiro jogo de computador rompendo o pensamento de que computador era apenas para matemática. Foi pioneiro em pensar o computador para o entretenimento.
 
Christopher Strachey também programou a primeira música executada por um computador, uma versão de ‘God Save the Queen’ que é o hino nacional britânico. Ele também desenvolveu teorias e modelos que sustentam todas as linguagens de programação modernas. Strachey foi um dos desenvolvedores da linguagem de programação combinada (CPL), um precursor precoce da linguagem de programação “C”.
 
Strachey nasceu em Hampstead, na Inglaterra, e seu pai trabalhou ao lado de Alan Turing como criptógrafo em Bletchly Park durante a Segunda Guerra Mundial. Strachey estudou matemática e física no Kings College, Cambridge, onde sofreu um colapso nervoso durante o terceiro ano (que sua irmã atribuiu as suas lutas para aceitar a homossexualidade).
 
É inegável sua contribuição para a computação, ele é uma figura importante, mas não a única. A lista continua, além de Strachey vale a pena conferir, dentre outros, Peter Landin, Edith Windsor, Lynn Conway, Jon Hall, Audrey Tang, Sophie Wilson, Mary Ann Horton que inclusive é uma mulher transgênero.
 
O PET-SI convida todos a serem mais respeitosos com todas as pessoas, independente da orientação de gênero ou orientação sexual. Caso seja aluno ou professor certifique-se de promover um ambiente seguro e respeitoso para todos.
 
Como complemento a essa edição especial e cheia de orgulho do PET, algumas dicas e marcos importante para a comunidade e para você, que não faz parte dela, saber os principais pontos referente a esse tema.
 
Dica 1: Orientação sexual não é doença. A OMS em 1990 retirou a homossexualidade da CID (o cadastro internacional de doenças) e em 18 de junho de 2018 também retirou do CID a classificação de pessoas transsexuais como distúrbio mental.
 
Dica 2: Orientação é Orientação e não opção. Caso tenha a orientação heterossexual e tenha dúvidas, se pergunte quando optou por ser hétero e caso tenha optado por também sentir atração pelo mesmo sexo. Você não tem orientação heterossexual.
 
Dica 3: Em um casal homossexual de homens, não existe a mulher da relação. O mesmo vale para casais homossexuais formado por duas mulheres.
 
Dica 4: As frases “é muita sigla” e “ é muito complicado entender”, não justificam ignorância (no sentido de falta de conhecimento) e é mais simples do que parece se você se dedicar 20 minutos para ler ou ver vídeos a respeito.
 
Dica 5: Mulher trans é mulher e homem trans é homem. Trate eles pela orientação de gênero que eles apresentam e, caso você não saiba, perguntar não cai a língua e não é desrespeitoso se é genuíno e sem intenção de fazer chacota.
 
 
 
 
 
Não deixe de denunciar caso presencie ou sofra ato de homofobia. Preste ajuda e seja solidário. Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada. As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).
 
Assim como Racismo não há a desculpa da alegação de falta de conhecimento. Homofobia é crime e Ninguém em lugar nenhum deve se calar frente a isso.
 
 
 
Autor: Eduardo Rocha
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