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UFSM inicia projeto de Proteção Sustentável para Sanga Lagoão do Ouro: Inovação com Engenharia Natural



Parte da Sanga Lagoão do Ouro, próxima ao Arco de entrada da UFSM

Se você costuma andar pelo campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em algum momento já passou pela Sanga Lagoão do Ouro, um curso d’água que liga a parte norte a parte sul da UFSM. A Pró-Reitoria de Infraestrutura (PROINFRA), em parceria com o Laboratório de Engenharia Natural (LabEN), está dando passos significativos em direção à sustentabilidade ambiental com o desenvolvimento de um projeto inovador para a proteção e revestimento vegetal das margens e leito da Sanga. A proposta, parte da renovação da Licença de Operação da UFSM, promete ser um marco no equilíbrio entre a engenharia e a preservação ambiental.

O Setor de Planejamento Ambiental, da PROINFRA, é o órgão responsável por tratar das questões ambientais da UFSM. Segundo Nicolli Reck, Engenheira Sanitarista e Ambiental e Coordenadora de Gestão Ambiental, o LabEN apresentou ao setor um documento referente ao “Projeto Conceitual de Proteção e Revestimento Vegetal”. Esse documento destaca uma abordagem inovadora, com técnicas de Engenharia Natural que marcam um significativo avanço na busca por práticas sustentáveis em contraposição às soluções tradicionais de Engenharia Civil. O projeto visa não apenas solucionar os processos erosivos na Sanga Lagoão do Ouro, mas fazê-lo de maneira ecologicamente consciente.

Como vai funcionar o projeto

O plano se desdobrará em três fases distintas: projeto conceitual, projeto básico e projeto executivo. A fase conceitual, apresentada no documento, destaca a análise detalhada dos processos erosivos, propondo soluções que incorporam a vegetação como um elemento construtivo vivo.

O Engenheiro Florestal e professor Dr. Fabrício Sutili, juntamente com a Engenheira Biofísica e pesquisadora de pós-doutorado Rita Sousa, lideram o projeto. De acordo com a pesquisadora, a Engenharia Natural é muito utilizada mundialmente em obras de proteção e estabilização de margens e leitos de rios, córregos ou semelhantes: “as plantas deixam de ser consideradas apenas do ponto de vista estético, passando a desempenhar funções de elemento vivo construtivo, podendo ser utilizadas de forma isolada, ou combinadas com materiais inertes”, afirma Rita. Além disso, o projeto se alinha aos princípios da sustentabilidade, promovendo a utilização consciente dos recursos naturais.

A Engenharia Natural, apesar de seu uso em constante crescimento, ainda enfrenta desafios em comparação com as técnicas tradicionais de construção. Para Rita, o desafio está na falta de conhecimento sobre essas técnicas:

O maior desafio é a aplicação destes conceitos que seguem uma visão de uma engenharia que é mais ecológica, mas tem resultados técnicos iguais aos das obras tradicionais, e que são ainda mais potencializados do ponto de vista ambiental”, diz a pesquisadora.

Dessa forma, a UFSM destaca-se como uma instituição comprometida com a inovação sustentável, buscando soluções que transcendem as demandas convencionais da engenharia, assumindo um papel crucial na disseminação de abordagens inovadoras, como a engenharia natural. O projeto da Sanga Lagoão do Ouro representa um passo significativo na busca por práticas mais responsáveis e ecológicas no campo da engenharia.

 

Texto: Camila Londero, acadêmica de Jornalismo
Foto: Camila Londero

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