A Floresta Atlântica, complexo vegetacional altamente diversificado, cobria quase 100% do estado Rio de Janeiro. Atualmente, o estado possui 900000 ha de florestas, o que equivale a 20,33% do total de sua área.

Esta Floresta pode ser caracterizada por uma variedade de formações que constituem um diversificado conjunto de ecossistemas associados. A região das serras do Mar e da Mantiqueira, com altitudes de até 2.700 m, constitui os primeiros degraus dos planaltos do interior e nas proximidades do oceano estão as planícies costeiras, formadas por terrenos alagadiços, restingas, dunas, mangues e lagunas. Essa multiplicidade de ambientes é a característica que melhor explica as razões pelas quais a Floresta Atlântica é tão rica em biodiversidade.

O objetivo do projeto é investigar processos e padrões geradores, mantenedores e impactantes da biodiversidade na diferentes fitofisionomias de Floresta Atlântica do estado do Rio de Janeiro. O estado já conta com dois módulos RAPELD instalados no Parque Estadual da Ilha Grande. Pretendemos instalar mais dois: um na Reserva Biológica do Tinguá e outro na Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba. Esses módulos permitirão levantamentos integrados de fauna e flora em diferentes condições climáticas, de relevo, solo e distância do litoral utilizando a metodologia e os protocolos do Programa em Pesquisa em Biodiversidade.

Os resultados esperados são: produzir informações sobre a diversidade biológica fluminense de forma integrada e com metodologia padronizada; incorporar os dados de pesquisa em longo prazo desenvolvidos no estado pelos diferentes grupos de pesquisa e instituições que compõem a proposta; contribuir para a formação de recursos humanos através dos Programas de Pós-graduação (PPG) em Ecologia e Evolução e Biologia Vegetal da UERJ, PPGs em Botânica e Ecologia Aplicada do JBRJ, PPG em Botânica da UFRJ e PPGs em Ecologia e Multidisciplinar da UENF.​