O Parque Estadual de Dois Irmãos (PEDI) possui uma área de 1.161 ha e localiza-se a noroeste do município do Recife, capital de Pernambuco, delimitada pelas coordenadas 7°57′20″ e 8°01′00″S e 34°56′20″ e 34°58′15″W, paralela à rodovia BR-101 Norte.
O PEDI foi criado em 1987, pela Lei nº 9.989/87, denominado inicialmente Reserva Ecológica de Dois Irmãos, e posteriormente passou à categoria de Parque Estadual, por meio da Lei Nº 11.622/98, com área original de 387,4 ha.
Desde 2012, a área está em processo de ampliação, a partir da anexação de 774 ha, o que aumenta sua área total para os atuais 1161 ha. A nova área contrasta com a área original, por ser vegetação secundária, de formação mais recente, com cobertura mais baixa e aberta. A área é intensamente antropizada, com ruas e casas entre as duas porções que compõem o parque, exercendo intensa pressão sobre os recursos biológicos, minerais e paisagísticos. Os solos são do grupo Barreiras, com textura de arenoso a argiloso-arenoso, a vegetação é classificada como Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas e o clima do tipo As’ de Köppen, tropical costeiro, quente e úmido, com chuvas de outono-inverno, média histórica total anual de precipitação de 2460 mm e temperaturas médias mensais superiores a 23o C.
O Módulo RAPELD e as Parcelas
No PEDI, está instalado um módulo RAPELD englobando floresta madura e secundária.
A instalação dos módulos foi idealizada por pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco e Jardim Botânico do Recife, integrantes do Núcleo Regional Nordeste.
O sítio é denominado PEDI, módulo PE, com 5 km2, duas trilhas (PE1 e PE2) e 10 parcelas de distribuição uniforme.
– Implantar um sítio PPBio MA ao Norte do Rio São Francisco (Centro de Endemismo Pernambuco);
– Gerar informações sobre solos, topografia, biodiversidade, estrutura, biomassa e funcionamento da floresta na região mais fragmentada e reduzida da Mata Atlântica;
– Pesquisar áreas de floresta madura e secundária e estudos comparativos sobre a dinâmica e recuperação de fragmentos florestais;
– Promover treinamento nas equipes de Pernambuco em técnicas padronizadas para estudos de longa duração, com acesso a múltiplos usuários;
– Apoiar iniciativas de pesquisa e capacitação de recursos humanos aptos a trabalhar em inventários de biodiversidade já existentes na Mata Atlântica ao Norte da Bacia do Rio São Francisco, em especial na Unidade de Conservação Parque Estadual de Dois Irmãos.
NOME COMPLETO | FUNÇÃO | ÁREA DE ATIVIDADE |
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Profa. Dra. Ana Carolina B. Lins e Silva | Coordenadora | Ecologia Vegetal e de Paisagem |
Profa. Dra. Caroline Miranda Biondi | Pesquisadora | Ciência do Solo |
Prof. Dr. Edivan Rodrigues de Souza | Pesquisador | Ciência do Solo |
Profa. Dra. Ednilza Maranhão dos Santos | Pesquisadora | Herpetologia |
Prof. Dr. Fernando Cartaxo Rolim Neto | Pesquisador | Topografia |
Prof. Dr. Geraldo Jorge Barbosa de Moura | Pesquisador | Herpetologia |
Prof. MSc. Gilmar Beserra de Farias | Pesquisador | Ornitologia |
Profa. Dra. Jozélia Ma. de Sousa Correia | Pesquisadora | Ornitologia/ Herpetologia |
Profa. Dra. Karine Matos Magalhães | Pesquisadora | Ecologia Vegetal e Limnologia |
Dra. Ladivânia Medeiros do Nascimento | Pesquisadora | Ecologia Vegetal e Botânica |
MSc. Leonardo César de Oliveira Melo | Colaborador | Mastozoologia |
Prof. Dr. Luiz Augustinho Menezes da Silva | Pesquisador | Mastozoologia |
Profa. Dra. Ma. Adélia B. de Oliveira | Pesquisadora | Mastozoologia |
Profa. Dra. Maria Jesus Nogueira Rodal | Pesquisadora | Ecologia Vegetal e Botânica |
Bióloga Marina Falcão Rodrigues | Colaboradora | Mastozoologia e Educação Ambiental |
Prof. Dr. Pabrício Marcos Oliveira Lopes | Pesquisador | Meteorologia |
– Montagem de um Sistema de Informação Geográfica (SIG) para o Sítio PPBio-PE;
– Treinamento de parcelas RAPELD em Pernambuco;
– Obtenção de licença de pesquisa (PEDI) e autorização de coleta para principais grupos biológicos;
– Instalação de 50% das trilhas dos 10 km previstos para o módulo (trabalhos topográficos);
Início da instalação das parcelas de distribuição uniforme no módulo.
Serão gerados dados de forma integrada sobre biodiversidade na área mais ao norte e mais fragmentada da Mata Atlântica.
O método RAPELD será integrado à pesquisa em fragmentação, efeito de borda e regeneração florestal.