De 5 a 7 de novembro de 2025, o campus da Universidade Federal de Santa Maria em Cachoeira do Sul sediou o III Workshop Gaúcho de Mudanças Climáticas (WGClima), que reuniu cerca de 100 participantes entre estudantes, pesquisadores, gestores públicos, educadores e representantes da comunidade. O evento consolidou-se como um espaço de diálogo entre universidade, setor público e sociedade, voltado à reflexão e à construção de soluções frente à crise climática.
A cerimônia de abertura ocorreu no Auditório do Sicredi e contou com a presença do prefeito Leandro Balardin, do vereador Ryan Rosa, representando a Câmara de Vereadores, do secretário municipal de Meio Ambiente, André Mateus Silveira, e do vice-diretor do campus, professor Giovani Leone Zabot. A presidente da comissão organizadora, professora Mariana Vieira Coronas, destacou em sua fala a importância de fortalecer redes de cooperação e de integrar o conhecimento científico às práticas locais. A palestra de abertura, intitulada “Ciclos ambientais de longo e curto termos e o negacionismo climático”, foi ministrada pelo professor André Jasper, da Universidade do Vale do Taquari (Univates).
Ao longo de três dias, o WGClima promoveu mesas-redondas, oficinas, apresentações de pôsteres e fóruns temáticos organizados em seis eixos:
- Cidades e Territórios Sustentáveis;
- Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Recursos Naturais;
- Infraestruturas Resilientes e Ferramentas Inteligentes;
- Agricultura, Solo e Sustentabilidade;
- Educação, Comunicação e Justiça Climática;
- Saúde Climática e Bem-Estar Comunitário.
A programação incluiu também oficinas práticas, espaços de diálogo e o Fórum de Encerramento, transmitido pelo YouTube, que contou com a participação dos mediadores de cada eixo: Ricardo de Souza Rocha, Marcelo Félix Alonso, Régis Leandro Lopes da Silva, Maria Inês Diel, Juan Galvarino Cerda Balcazar e Marina dos Santos, além da professora Mariana Coronas.
Entre as ações simbólicas desenvolvidas durante o evento, destacou-se o espaço “Luzes da Mudança”, onde os participantes puderam escrever ideias, aprendizados e mensagens de esperança diante dos desafios climáticos em um mural iluminado. Outro destaque foi a Timbaúva do Clima, arte coletiva inspirada na timbaúva da entrada do campus. “Inspirados no tronco da timbaúva da entrada do campus, demos vida a uma nova história. Cada dedo, uma marca. Cada cor, uma voz. Folhas e flores surgiram das impressões digitais dos participantes — cores que representam união, diversidade e esperança. Assim floresceu a Timbaúva do Clima, arte coletiva criada durante o III Workshop Gaúcho sobre Mudanças Climáticas”, descreve a ação.
O evento contou com apoio da FAPERGS, Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia, UFSM – COP 30 Local, Pró-Reitoria de Extensão, Coordenadoria de Tecnologia Educacional da PROGRAD, Programa de Pós-Graduação em Agrobiologia da UFSM, Sicredi Gerações, empresas locais e projetos de extensão do campus.
Como principal produto das discussões, foi redigido coletivamente o documento “Carta de Cachoeira do Sul sobre Mudanças Climáticas”, que sintetiza as reflexões e compromissos assumidos pelos participantes. A carta destaca a necessidade de ação imediata, solidária e baseada na ciência, articulando conhecimento técnico e saberes locais em prol da adaptação e da justiça climática.
Aqui você poderá acessar a carta na íntegra.
