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Estação meteorológica completa 50 anos de funcionamento no campus sede da UFSM



Anemógrafo da estação meteorológica, equipamento que registra a direção, velocidade e rajada de vento

Era um típico dia de inverno quando foram assinaladas pela primeira vez na UFSM as condições climáticas registradas pela estação meteorológica local do 8º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a qual está instalada desde 1968 no campus sede da universidade. No dia 1º de julho daquele ano, ao meio-dia, a temperatura do ar era de 12.2º C, com umidade relativa do ar máxima (100%), pressão atmosférica de 1010.8 hectopascais (hPa) e o vento soprando a uma velocidade de 4 metros por segundo (m/s). Todas essas informações, desde aquela data e horário até os dias atuais (com registros realizados três vezes por dia) estão disponíveis ao público na página do Inmet – , a partir do menu “Estações e Dados”.

Tendo sido inaugurada em 1912, trata-se de uma das primeiras estações desse tipo no Rio Grande do Sul. Inicialmente, em suas primeiras décadas, funcionava no centro de Santa Maria. Naquela época, pertencia à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), antes de esta instituição ser federalizada. Depois, com a criação da UFSM, a estação foi transferida para o campus de Camobi, estando até hoje sob a administração do Departamento de Fitotecnia. A estação não pertence à universidade, mas ao Inmet, instituto com o qual a UFSM mantém convênio.

Para celebrar os 50 anos da parceria entre UFSM e Inmet, o Grupo de Agrometeorologia do Departamento de Fitotecnia promove um evento especial na tarde desta quarta-feira (7) na sala 218 (2º andar da Reitoria). A programação inclui palestras sobre o Inmet e o 8º Distrito de Meteorologia, história da instalação e do funcionamento da estação meteorológica de Santa Maria, importância dos dados meteorológicos de superfície para a agricultura e outras áreas, além de perspectivas futuras com relação à estação meteorológica convencional. Entre os palestrantes, estão meteorologistas do Inmet e professores da UFSM, Ufrgs e Universidade Franciscana (UFN).

Heliógrafo, que mede a insolação em horas de brilho solar

Para alguém de fora, pode parecer estranho que, em uma universidade que conta com cursos de graduação e pós-graduação em Meteorologia, a estação meteorológica esteja vinculada ao Departamento de Fitotecnia, que é ligado à Agronomia. Acontece que, na época em que a estação foi instalada no campus da UFSM, este era o departamento que mais tinha relação com a área. O curso de graduação em Meteorologia da universidade viria a ser criado somente 36 anos depois, em 2004.

Vinculada a esse departamento, mas graduada em Meteorologia, a professora Angelica Durigon é a atual responsável pela estação meteorológica na UFSM. De acordo com ela, a importância da estação para a universidade relaciona-se às finalidades didáticas e de pesquisa. Atualmente, serve como apoio ao aprendizado para alunos de cinco cursos de graduação: Meteorologia, Agronomia, Engenharia Florestal, Zootecnia e Tecnologia em Agronegócio.

Barógrafo, que mede a pressão atmosférica do ar

Hoje em dia, a estação é manejada por quatro técnicos em meteorologia: Jéssica Stobienia Gonçalves, Maurício Granzotto Mello, Rossano da Costa e Olívio Rodrigues da Silva. Eles têm entre as suas atribuições o repasse diário dos dados registrados na estação de Santa Maria para a sede do 8º Distrito de Meteorologia, em Porto Alegre, que é responsável pelo processamento dos dados das estações meteorológicas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O repasse das informações é feito rigorosamente todos os dias – inclusive em sábados, domingos e feriados – em três horários: às 9h, 15h e 21h.

A estação meteorológica de Santa Maria é composta pelos seguintes equipamentos:

– Três baterias de geotermômetros, que medem a temperatura do solo em cinco profundidades: 2, 5, 10, 20 e 30 cm;

– Termômetro de mínima de relva (composto de álcool), que mede a temperatura mínima do ar a 2 cm do solo gramado;

– Anemógrafo, que registra e velocidade, direção e rajada de vento em km/minuto a 10,5 m de altura;

– Heliógrafo, que mede a insolação em horas de brilho solar;

– Pluviógrafo, que mede a quantidade de chuva em mm;

– Pluviômetro, que mede o acumulado de chuva em mm/período;

– Tanque Classe A, que mede a evaporação da água em mm/dia;

– Lisímetro ou evapotranspirômetro, que mede a evapotranspiração do gramado em mm/dia;

– Barômetro de mercúrio, que mede a pressão atmosférica do ar em mmHg (milímetros de mercúrio);

– Barógrafo, que mede a pressão atmosférica do ar em mmBar (milimilésimos de bar);

– Psicrômetro, constituído por dois termômetros de mercúrio, um com o bulbo seco e outro com o bulbo úmido, com os quais de determina a umidade relativa e a temperatura do ar;

– Termohigrógrafo, que mede continuamente em gráfico a temperatura e a umidade relativa do ar;

– Termômetro de máxima, que é composto de mercúrio, mede a temperatura máxima do ar;

– Termômetro de mínima, que é composto por álcool, mede a temperatura mínima do ar;

– Evaporímetro de Piche, que mede a evaporação do ar em mm/dia.

Automatização – A estação meteorológica que completa 50 anos no campus sede da UFSM é do tipo convencional. Em 2001, o Inmet instalou ao lado dela uma estação automática. Ambas realizam basicamente os mesmos tipos de medições. Com funcionamento semelhante ao de um computador, esse tipo de estação é composto por uma unidade de memória à qual são ligados vários sensores meteorológicos. Ela registra eletronicamente os valores observados a cada minuto e os disponibiliza on-line automaticamente de hora em hora.

Em razão da possibilidade de disponibilizar as informações meteorológicas em tempo real, sem a necessidade de intervenção direta por um profissional com formação na área de meteorologia, atualmente a grande maioria das estações meteorológicas do Inmet são automáticas. Porém, esse tipo de estação também tem as suas desvantagens com relação às convencionais.

Por se tratar de um equipamento eletrônico complexo exposto a intempéries, as estações automáticas costumam necessitar de manutenção com mais frequência que as convencionais. E, como é reduzido o número de técnicos do Inmet encarregados de consertá-las, elas podem ficar inativas por dias ou até meses quando danificadas.

A estação convencional também se adapta melhor às necessidades específicas da UFSM, de caráter didático. Por meio dos termômetros e outros equipamentos convencionais, é mais fácil explicar para os estudantes de que forma as medições são realizadas, já que eles têm a oportunidade de presenciar a reação dos equipamentos a cada mudança de temperatura, pressão atmosférica, evaporação, umidade, velocidade e direção do vento.

Texto e fotos: Lucas Casali – Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM

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