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Relatos de Extensão 2023: Ações de enfrentamento da vulnerabilidade social



Número: 051304

Nome do projeto: Ações de enfrentamento da vulnerabilidade social: trabalho e renda para as mulheres da Vila Maringá/RS

Coordenação: Vania Medianeira Flores Costa

Objetivo geral: Realizar ações que possibilitem o enfrentamento da vulnerabilidade social por meio geração de trabalho e renda para as mulheres da Vila Maringá em Santa Maria/RS.

Linhas de extensão: Grupos sociais e vulneráveis

Período de realização: 12/03/2019 a 31/03/2024

ODS: 01, 04, 10

“Cada vez que eu vou para a Maringá é como se eu tivesse passando pela rua da minha casa”, conta Camille Vidal Teles, bolsista do projeto. “Tenho um tio que é pedreiro, pelo qual tenho muito carinho. Ele me cuidou desde pequena. Quando eu passo por lá [na Vila Maringá], vejo pessoas na mesma condição. Me deu um aperto no coração porque eu tô com bastante saudade de casa. Me sinto muito bem indo lá porque é muito familiar”.

Natural de Pato Branco, no Paraná, Camille é discente de Direito na Universidade e relata que as mulheres da Vila Maringá estão muito empolgadas com o projeto, que funciona como um suporte para as ações da Irmã Lúcia Lourdes Hartmann Schneider, liderança na Congregação Cristã da Igreja Paróquia São Francisco. O trabalho da Irmã com as mulheres e suas famílias existe há mais de 10 anos, e o projeto de extensão da UFSM faz a administração das atividades, oferecendo oficinas de geração de renda e dispondo de parceiros e voluntários. “Elas querem trabalhar e ter um retorno. Além de dinheiro, elas encontram amizade e acolhimento no grupo. Nós proporcionamos ferramentas e tentamos garantir a mínima possibilidade de o projeto da Irmã continuar”, explica Camille.

A coordenação do projeto é feita pela docente do Departamento de Ciências Administrativas, Vania Medianeira Flores da Costa. As oficinas de geração de renda e profissionalização para as mulheres da Vila estimulam conhecimentos como: culinária (pães, bolachas, docinhos de aniversário), artesanato (panos de prato, bordado, patchwork), manicure e pedicure, cabeleireiro, e pintura. Um exemplo foi a realização de uma oficina de produção de cobertores e edredons, os quais foram doados para os idosos do Abrigo Espírita Oscar José Pithan. “O projeto trabalha nesse sentido: de dar apoio, suporte, orientação e possibilidade de renda para estas mulheres”, completa Vania. 

Além da Irmã e da docente Vania, o projeto possui diversos parceiros, incluindo bolsistas, discentes e egressos da UFSM, de cursos como Agronomia, Psicologia e Administração, e voluntários externos. Eles estão presentes nas oficinas e também realizam palestras sobre temas de educação financeira, apoio psicológico, e sobre a Universidade, para apresentar a possibilidade do ingresso acadêmico aos participantes e suas famílias. “A Universidade acaba sendo um elo de ligação entre todos esses parceiros. Muitas vezes não se sabe um terço do que ela pode oferecer em termos de bolsa, auxílio, para que seus filhos venham estudar aqui”, complementa Vania.

Como o objetivo do projeto é trabalhar diferentes eixos da vulnerabilidade social, a Vila Maringá também recebeu uma horta comunitária, com alimentos variados e plantados pelas mulheres participantes do projeto. “A renda não é só o que vende, é também aquilo que você não precisa gastar”, justifica Vania. A docente ainda explica que parceiros externos ajudaram na realização desta ação: “São 8 canteiros, e há 6, 7 anos, conseguimos apoio do curso de Agronomia e do Colégio Politécnico, com mudas e material”.

Como a pandemia da Covid-19 obrigou a parada das atividades presenciais por um tempo, as ações continuaram na forma de doações para as mulheres e suas famílias. “Fazíamos contato com a Irmã e ela dizia se tinha demanda de algum produto, e o que tinha de doação a gente levava”, conta a docente. Foram realizadas doações de produtos não perecíveis como açúcar, óleo, leite, arroz, feijão, massa, e de produtos de limpeza e higiene. As ações do projeto auxiliam a reforçar o senso de comunidade entre as mulheres no local, ao mesmo tempo em que são realizadas atividades comunitárias que beneficiam pessoas de fora, que também enfrentam uma posição de vulnerabilidade social.

Em relação às dificuldades de permanência das mulheres no projeto, Vania compartilha que muitas têm família ou são mães solteiras, então acabam não conseguindo participar com frequência. “Às vezes elas não conseguem vender os produtos e acabam o dia sem nenhum ganho”, explica. As ações do projeto ainda pretendem levar os trabalhos produzidos pelas participantes para o Bricks de Santa Maria e o evento Viva o Campus, da UFSM. O projeto promove o aumento da autoestima e incentiva a interação entre as participantes. “Além de você ver esperança de um retorno financeiro, elas também encontram a amizade. Elas se importam bastante umas com as outras, conhecem os filhos umas das outras, saem juntas. Elas têm um carinho bem grande”, completa Camille.

Para doar: 

O projeto aceita doações de roupas, alimentos e cobertores. Para fazer uma doação, as responsáveis são as Irmãs do Imaculado Coração de Maria, e o endereço é Estrada Eduardo Duarte 1900 – Bairro Diácono João Luiz Pozzebon, Vila Maringá.  

Texto por: Giulia Maffi

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