No evento foi assinada uma carta por ação climática com diretrizes compromissos entre Prefeitura, UFSM e Corede Rio da Várzea para enfrentamento dos eventos climáticos
A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), por meio da Pró-Reitoria de Extensão (PRE) e do Escritório Local de Inovação Rio da Várzea, promoveu em 19 de novembro,no Campus Palmeira das Missões, uma mesa-redonda sobre mudanças climáticas. A atividade integra a COP Local da UFSM, vinculada ao edital P&D Clima da Fapergs, que financia pesquisas aplicadas para enfrentamento de eventos climáticos extremos.
Os debates contaram com atuação de docentes do Programa de Pós-Graduação em Agronegócios (PPGAGR), com a apresentação de projetos desenvolvidos no programa, além de iniciativas conduzidas com instituições parceiras. As pesquisas do PPGAGR estão alinhadas a temas como adaptação climática em sistemas produtivos, governança territorial, inovação tecnológica e uso racional da água.
O evento foi conduzido e organizado pelo Escritório Local de Inovação e pelo Programa de Pós-Graduação em Agronegócios (PPGAGR) da UFSM Palmeira das Missões. O coordenador do Escritório e do PPGAGR, professor Dr. Nelson Guilherme Machado Pinto, destacou a integração entre pesquisa, governança e setor público na região. “A COP Local é um espaço para alinhar produção científica, governança territorial e políticas públicas. O diálogo consolida compromissos institucionais e gera diretrizes para pesquisa aplicada, inovação e planejamento climático no contexto regional”, afirmou.
Ao final do encontro, foi assinada a Carta Aberta da COP Local da UFSM, documento que formaliza compromissos institucionais entre a universidade, a Prefeitura de Palmeira das Missões e o Corede Rio da Várzea. Pela UFSM, a carta foi assinada pelo diretor do campus, Adriano Lago. O Executivo municipal foi representado pelo prefeito Evandro Massing e pelo secretário de Planejamento e Meio Ambiente, Cristhian Brizolla. A governança regional teve a assinatura do presidente do Corede Rio da Várzea, Luiz Carlos Cosmann.
A carta tem como referência os decretos de situação de emergência de 2025, emitidos por estiagem em março e por chuvas intensas em junho, com reconhecimento estadual e federal. O documento também contextualiza a produção agrícola do município, que registra aproximadamente 110 mil hectares de soja e 14,5 mil hectares de milho, apontando a necessidade de ações e pesquisas voltadas ao manejo, irrigação e adoção de tecnologias de adaptação climática.
Entre os encaminhamentos da Carta Aberta estão a integração entre esferas de governo, desenvolvimento de planos de contingência para desastres, incentivo à pesquisa aplicada e à inovação, cooperação institucional em ações de transição energética e diretrizes para uso eficiente da água.
