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Equipe PhenoGlad inicia nova pesquisa com flor



A statice é uma flor de corte muito atraente e colorida

Depois de oito anos e quase um milhão de reais de recursos públicos federais e estaduais investidos na pesquisa com o gladíolo e na formação de alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a Equipe PhenoGlad iniciou pesquisa com uma nova flor de corte, a statice. Junto com gladíolo, a statice é uma cultura importante na agricultura familiar e se enquadra na proposta da Equipe PhenoGlad, que é buscar alternativas de diversificação de culturas e de agregar renda na agricultura familiar.

Em comum com os gladíolos, a statice trata-se de uma cultura rústica, apropriada para o cultivo a campo. Além disto, o cultivo da flor não requer grandes investimentos financeiros e de infraestrutura. Segundo o professor Nereu Streck, da Equipe PhenoGlad, a pesquisa com a statice, assim como é com o gladíolo, será feita a partir de demandas de agricultores familiares e de extensionistas. “Investimos quase 1 milhão de reais desde 2010 quando iniciamos a pesquisa com gladíolo, publicando os resultados em artigos científicos nas principais revistas internacionais, onde tivemos a chancela da comunidade científica europeia, e chegamos ao agricultor familiar, junto com a Emater/RS-Ascar, através da floricultura digital com o PhenoGlad Mobile e com o projeto ‘Flores para Todos’, que no RS e em SC já alcançou mais de 600 produtores na forma de projetos e de eventos”, explica. Streck ainda faz projeções desta nova pesquisa, “com a statice, nos próximos anos, a intenção é chegarmos ao que alcançamos com a cultura do gladíolo no Rio grande do Sul e em Santa Catarina, com uma tecnologia de produção viável para o agricultor familiar”, prospecta. “Fazemos pesquisa com base em demandas do campo e temos que fomentar a cadeia local de flores, produção e consumo, assim estaremos contribuindo com a geração de renda e de empregos no meio rural, principalmente nos pequenos municípios onde a base da agricultura é o pequeno e médio produtor rural. O impacto social do projeto Flores para Todos no RS e em SC é muito grande, por isso nosso foco é a produção e consumo local”, conclui Streck.

Lavoura de statice em floração

A Coordenadora da Equipe PhenoGlad na UFSM, Lilian Osmari Uhlmann, relata que a ideia de estudar a ecofisiologia aplicada ao manejo desta cultura é uma demanda dos produtores assistidos pela Equipe PhenoGlad, em parceria com a Emater/RS-Ascar, no projeto Flores para Todos. Segundo ela, os agricultores anseiam produzir outras espécies de flores, que tenham fácil manejo, assim como os gladíolos. Milton Cauzzo, que produz statice há 35 anos no município de Santa Maria/RS, fazendo dobradinha com o gladíolo, gosta muito da flor como fonte de renda na sua propriedade focada em hortícolas, mas revela que há alguns problemas no cultivo da statice. “Tenho algumas dificuldades na produção das mudas e em época que chove muito durante a floração não tem o que fazer, é prejuízo com certeza”, comenta Cauzzo.

Para atender as demandas de campo, esta semana a Equipe PhenoGlad iniciou alguns experimentos com a cultura da statice (Limonium sinuatum). Classificada como uma flor de corte, a statice tem baixo custo de implantação.

Produção de mudas de statice no experimento: emergência ocorreu em dois dias

O gênero Limonium pertence à família botânica Plumbaginaceae e tem como espécie destaque para uso em floricultura e plantas ornamentais a Limonium sinuatum (L.) Mill. A espécie L. sinuatum, conhecida popularmente pelo nome de statice, estátice, sempre viva ou lavanda do mar, é uma planta anual, com desenvolvimento em regiões de clima ameno.

No decorrer de 2019, serão realizados experimentos pela Equipe PhenoGlad na Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, em Santa Maria/RS, sobre o desenvolvimento e o crescimento da statice em diferentes épocas de plantio e em diferentes manejos de irrigação, visando verificar a qualidade de hastes florais. Será também estudado como é a incidência de doenças em diferentes épocas do ano, visando entender a adaptabilidade do cultivo ao longo do ano. O estudo é liderado pela engenheira agrônoma Paola Buffon durante seu curso de mestrado.

A semeadura do primeiro experimento foi realizada dia 14/01/2019 em bandejas. Dois dias depois da semeadura já havia iniciada a emergência das plântulas, indicando precocidade nesta fase, o que é importante para o produtor. Os resultados práticos deste trabalho serão divulgados em eventos de extensão em parceria com instituições do sistema PhenoGlad e nas redes sociais oficiais da Equipe PhenoGlad no Facebook, Instagram, Twitter e YouTube.

Por: Equipe PhenoGlad

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