Encerrando o quarto dia de CEDN, o Brig. do Ar Vasconcellos proferiu a palestra “Os projetos estratégicos da Aeronáutica”, falando a respeito da evolução histórica da força aérea, o contexto estratégico e planos futuros da aeronáutica. O Brigadeiro apresentou que nos anos 1941 a 1966 foram criados os meios aéreos do Ministério da Guerra e do Ministério de Viação e Obras Públicas, consolidando as novas forças armadas e uma integração regional maior. Entre 1966 e 1991, houve criação e crescimento da SISDACTA e da indústria aeronáutica. A partir de 2016, planejou-se uma reestruturação da Aeronáutica, que pretende a alteração da denominação para Força Aérea.
O Brigadeiro destacou que o Brasil possui 16 mil quilômetros de fronteiras, os quais precisam de vigilância e monitoramento. Ações coercitivas nas fronteiras são necessárias, assim como ações de apoio dentro do Estado, através da distribuição de alimentos, remédios, etc. A Força Aérea integra o país que, com sua grande extensão, possui áreas de difícil acesso por terra e água. Diuturnamente, a força aérea brasileira emprega seus meios em proveito da defesa, proteção e integração do Brasil, por intermédio de diversas ações. Mesmo tendo parceria com a Suécia para a compra de aviões, a aeronáutica brasileira desenvolveu o KC-390 de forma independente, sendo o primeiro voo protótipo em 3 de fevereiro de 2015. Tem planos para o desenvolvimento de um sistema de aeronaves remotamente pilotado (ARP), e seus projetos espaciais (PESE e PNAE), que apesar de serem recentes, já lançarão um satélite (da Guiana, previsto para 4 de maio). Conforme o palestrante, a Força Aérea pretende pensar o futuro estrategicamente de forma moderna e com uma base altamente tecnológica.
Texto: Maria Eduarda Dall’Aqua