O Cel. Ary Pelegrino proferiu a palestra “Os projetos estratégicos do Exército”. O Coronel falou sobre os Projetos do Exército na área de Defesa e os benefícios de seus investimentos para a sociedade. Esses projetos surgiram da concepção da transformação, baseado em vários documentos do Brasil. O palestrante observa que o programa estratégico do Exército se alinha aos objetivos estratégicos do Exército, desenvolvidos no escritório de projetos do exército (EPEx), com a sistemática de planejamento estratégico do exército (SIPLEX). A gestão estratégica define os rumos e intenções da instituição, e o principal portfólio se refere à proteção da sociedade e dissuasão extrarregional, o chamado Braço forte – Mão amiga.
Ao todo, são dezoito programas estratégicos no Exército Brasileiro, separador em projetos indutores (7) e estruturantes (11); em outra visão, os projetos são divididos em defesa da sociedade, geração de força e dimensão humana. Um dos projetos é o projeto Guarani, que pretende criar e/ou adquirir uma nova família de blindados sobre rodas de leve, médio 6×6 e 8×8 porte, o que gera potencial de exportação, fortalecimento da indústria nacional de defesa e mecanização das Brigadas de Infantaria e modernização das Brigadas de Cavalaria Mecanizadas, assim como benefícios da base industrial de defesa e nas operações de garantia da lei e da ordem. O coronel observa que mesmo as empresas estrangeiras precisam ter parceiras nacionais para poder operar nos projetos estratégicos do exército. Há desafios na criação de grandes projetos, como SISFRON, pois estes acabam sendo muito dispendiosos e inviáveis em tempos de fragilidade econômica.
Foi exposto pelo Coronel que parte do comando e controle, como defesa antiaérea, pretende ser desenvolvido em parceria com universidades. O Exército também é responsável pela defesa cibernética, que é uma exigência do Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN), e cumpre a função de promover independência e atuação no espaço cibernético. Os benefícios gerados pelo Exército se dão no desenvolvimento nacional, reestruturação de indústrias, geração de emprego, paz social, projeção internacional e segurança nacional.
Foto: Alessandra Jungs de Almeida