Entre os dias 28 a 30 de junho ocorreu o 8º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O CBEU (Congresso Brasileiro de Extensão Universitária) é o maior encontro brasileiro de extensão universitária em Instituições Públicas de Ensino Superior, tendo como objetivo discutir os desafios da extensão universitária no Brasil, propiciando a discussão sobre os Contextos e Potencialidades da Extensão integrando os conhecimentos da universidade e da sociedade com proposições inovadoras para a sociedade.
O Grupo de Estudos em Capacidade Estatal, Segurança e Defesa esteve presente no evento contribuindo para o debate da extensão universitária com as experiências do projeto Repensando a África e Oriente Médio: Afroriente realizado por estudantes do curso de Relações Internacionais da UFSM, vinculado ao GECAP. O objetivo do projeto Afroriente é discutir temas sobre as regiões de África e Oriente Médio por meio de elementos lúdicos.
O programa radiofônico contribui para levar o conhecimento produzido na universidade a comunidade em geral a fim de combater estereótipos e preconceitos sobre as regiões temáticas do programa. Com uma linguagem mais cotidiana e muita música o projeto visa aproximar os ouvintes do continente africano e do Oriente Médio, tão discriminados na mídia tradicional. O Afroriente foi apresentado em comunicações orais no 8º CBEU. O artigo foi escrito pelas pós-graduandas vinculadas Ana Luiza Vedovato (UFRGS) e Bruna Ribeiro Troitinho (UFSM) em conjunto com o bacharel em Relações Internacionais Douglas Dilkin (UFSM) sob a orientação do coordenador do projeto Prof. Dr. Igor Castellano da Silva.
Confira as fotos e o relato da Bruna Ribeiro Trotinho sobre o evento:
‘‘Eu e o Douglas falamos mais sobre a história do projeto (o surgimento em 2016), a justificativa do projeto (tanto África quanto Oriente Médio são vistas pelo Ocidente como selvagens, sem história ou com uma cultura menos importante); a metodologia ( os quadros do programa, as atividades realizada pelos participantes do projeto) e os resultados e discussões que consiste em ver a participação de migrantes que são das regiões temas, em que a fala deles é fundamental para diminuir a distância entre academia e sociedade a respeito da África e Oriente Médio, por meio da adaptação da linguagem academia à locuções acessíveis aos nossos ouvintes. Mencionamos também a oficina de Yorubá feita de 2016 que entrou como um resultado e a exibição do documentário sobre o Saara Ocidental. Fomos muito elogiados pela iniciativa, pois no nordeste também se repete a realidade que a Lei 10.639 não é cumprida. As disciplinas sobre História da África e História Afro-Brasileira quando são ofertadas são Optativas e o conhecimento científico em torno dessa temática demora a chegar a população brasileira. Os professores que estavam presentes avaliando o trabalho interessam em acompanhar o projeto com o intuito de se inspirar e criar algo parecido em suas universidades’’.