No último dia 30 de setembro, o milpa – laboratório de jornalismo (CNPq/UFSM), realizou o primeiro encontro do clube de leitura reporteria – o jornalismo vai aos livros. Voltada para estudantes de graduação e de pós-graduação da UFSM, a iniciativa busca proporcionar um espaço para o debate e a construção de saberes sobre a prática do jornalismo narrativo e da reportagem, especialmente desenvolvida em livros-reportagem.
A reunião abordou o livro O Nascimento de Joicy, da professora e jornalista Fabiana Moraes. Ao longo da conversa, foram debatidos aspectos da apuração e da escrita jornalística em estilo literário, a subjetividade e a ética da repórter na produção noticiosa e como pode se dar a construção de significados compartilhados a partir da história no jornalismo. Publicado em 2015, o livro é uma das principais referências brasileiras para o estudo de grandes reportagens e da relação entre fontes e jornalistas.
Ao abordar os processos empreendidos para além do jornalismo informativo diário, o reporteria busca ser um espaço para o diálogo sobre as narrativas de temas emergentes e sensíveis, ressaltando os gestos que fundamentam a reportagem. Os encontros também se constituem como um espaço para quem deseja conhecer, estudar ou desenvolver produtos que exploram o jornalismo em suas diferentes formas.
O próximo encontro do clube está previsto para o dia 21 de outubro, às 14h, na Sala Inovadora da Biblioteca do CCSH, com o livro Arrastados – os bastidores do rompimento da barragem de Brumadinho, o maior desastre humanitário do Brasil, de Daniela Arbex.
As inscrições são gratuitas e abertas à comunidade acadêmica pelo site ufsm.br/milpa. A participação gera certificado de horas ACG’s.
Sobre o nome reporteria
A expressão reporteria faz parte do jargão jornalístico em espanhol e congrega a apuração, a investigação rigorosa e a escuta atenta, ou seja, gestos que fundamentam a reportagem, no entrelaçamento sensível do sondar, do narrar e do reconhecer sujeitos, territórios e realidades.