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Utilização de tecnologias 3D para a Caracterização da Cortiça e suas aplicações no Design de Produtos



A cortiça é um material natural proveniente da casca do Sobreiro (Quercus suber), a qual é extraída de maneira renovável, sem causar danos à árvore. O material é principalmente explorado na fabricação de rolhas para vinhos e espumantes na região do mediterrâneo, porém possui um grande potencial de aplicações industriais para o Design de produtos. Para um entendimento adequado de suas propriedades é preciso levar em consideração sua microestrutura, de modo que suas características como material derivam de sua estrutura celular. No entanto, apesar de suas propriedades de interesse, poucos estudos exploram o potencial oriundo de sua microestrutura com a utilização de modelos 3D baseados em seu arranjo celular. Entre suas principais características, encontram-se o coeficiente de Poisson próximo a zero, isolamento térmico, acústico e vibracional, elasticidade, absorção de impacto e impermeabilização, as quais podem ser aplicadas no desenvolvimento de novos produtos inovadores e mais eficientes, por meio de tecnologias 3D.

 

Cortiça em suas várias formas: (A) tecido extraído da casca do Sobreiro (Q. suber); (B) utilização principal como rolhas; (C) material secundário/aglomerado utilizado na fabricação de painéis; (D) pele de cortiça.

 

Entre as principais técnicas de caracterização de materiais atualmente encontra-se a Microtomografia Computadorizada de Raios X (μCT), a qual realiza a digitalização 3D de amostras de alta resolução e de forma não-invasiva, ou seja, sem danificar fisicamente o material, permitindo analisá-lo virtualmente. Nesse sentido, esse trabalho tem como objetivo explorar o uso de análises de caracterização celular 3D da cortiça utilizando modelos virtuais com foco em sua aplicação no design de novos produtos, utilizando a metodologia proposta por Palombini et al. (2021). Uma amostra de cortiça foi digitalizada em 3D por μCT, gerando uma malha volumétrica que pôde ser estudada em termos de disposição de seu arranjo celular, a qual forma um padrão do tipo honeycomb.

 

Caracterização microestrutural 3D da cortiça: (A) seção transversal do caule de Q. suber; (B) amostra secionada retangular; (C) reconstrução 3D da digitalização por μCT; (D) região cúbica de interesse; e (E) exemplo de célula de cortiça.

 

O padrão foi exportado para um software de modelagem 3D onde foi trabalhado para compor a parte estrutural de produtos. Partindo da composição da estrutura padronizada do material, foram propostos produtos que explorassem suas características principais, promovendo aspectos tanto estéticos quanto de conforto. Este trabalho está vinculado ao Projeto de Pesquisa “060470 – Fabricação Digital: Uso de Tecnologias para o Design de Produtos”, sendo desenvolvido pela estudante de Desenho Industrial Melissa Pedroso Schoffen e apresentado na 38ª Jornada Acadêmica Integrada – JAI/UFSM.

 

Exemplos de aplicações de materiais bioinspirados na cortiça.
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