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Arquitetura e colagem: a criatividade de retratar a UFSM sob um novo olhar

Alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo do campus Cachoeira do Sul representaram a Universidade de forma artística



Devido à pandemia da Covid-19, a UFSM está em regime de ensino remoto desde 2020. Com isso em mente, o curso de Arquitetura e Urbanismo do campus de Cachoeira do Sul decidiu trazer uma temática diferente para a sua oficina, que ocorre bianualmente. A intenção foi aproximar os alunos da Universidade e ensinar uma forma criativa de se fazer projetos arquitetônicos por meio da proposta intitulada “UFSM collage: [re]conhecer o lugar”. A oficina aconteceu em novembro do ano passado de forma virtual e gerou resultados ousados e atrativos, nos quais foram utilizados a técnica de colagem.

Colagem horizontal e colorida da entrada da UFSM no campus de Cachoeira do Sul. Há um arco na entrada, cuja parte superior é uma passarela; o arco é azul marinho e, no centro, sobre a estrada, tem a logo da UFSM. Há uma pessoa na passarela, outra anda na parte da frente da imagem e uma terceira anda de bicicleta na frente do arco. Aos lados, árvores e grama em vários tons de verde. O fundo é o céu, bem colorido, de baixo para cima: amarelo, laranja. rosa, roxo e azul. No céu, algumas gaivotas pretas.

O evento realizou a sua terceira edição e funciona como uma espécie de “gincana científica”, na qual todos os alunos do curso são convidados a participar. O professor Samuel Brito, um dos responsáveis pela organização da atividade, conta que a necessidade de fazer uma oficina online trouxe uma possibilidade de reflexão e por isso escolheram trabalhar com o tema do verdadeiro lugar de ensino: a Universidade. “A oficina foi um exercício propositivo, imaginativo e livre, para pensar como deveria ser o nosso campus, já que ele ainda está em fase de construção, e também porque estamos distante dele, com expectativas de voltar. Para nós da arquitetura, pensar o nosso lugar é também pensar o lugar que queremos”, diz o professor.

Colagem digital horizontal e colorida. No centro direito da imagem, prédio roxo escuro, com a parte da frente com janelas verticais altas; na parte esquerda do prédio, há o nome "UFSM", em letras em colagem. Em cima do prédio, em preto e branco, duas pessoas com chapéu de construção se encaram; uma delas gesticula. Na frente do prédio, em preto e branco, várias pessoas reunidas: algumas em um grupo em pé, outro grupo em uma roda, em pé, e outro grupo em uma rodinha, no chão. Todas as pessoas tem, no lugar da cabeça, um arranjo de flores de diferentes tipos, com predominância nas cores rosa, vermelho, amarelo e branco. Nas pessoas em roda no chão, mais à frente da imagem, há laranjas deitadas; perto delas, flores pequenas e na cor lavanda. Ao lado direito do prédio, uma árvore alta, com copa frondosa em flores roxas. Abaixo, perto do tronco, arbustos de flores roxas, amarelas e rosas. Há duas estradasbrancas que contornam as pessoas na frente do prédio. Ao lado da estrada da direita, um banco de madeira e uma bicicleta. Na parte da frente, uma pessoa com um livro na mão. No lado esquerdo do prédio, cinco árvores com folhas verdes e frutos laranjas. Ao fundo, outro prédio cinza. Ao lado das árvores, começa um caminho formado por uma escada de madeira com degraus baixos, e que vem até a frente da imagem, no lado esquerdo, local em que há uma espécie de deque. Nele, há duas pessoas sentadas, uma pessoa com um violão na mão e outra com uma bicicleta nos ombros. Na frente do deque, desenho de um cão e um gato, pequenos, e um arbusto de lírios. Ao lado esquerdo, ao longo do deque, árvores com copas de diversas cores: amarelo mostarda, lilás,roxo, rosa fraco e verde acinzentado. Na parte superior esquerda, revoada de gaivotas pretas. Na parte superior direita, nuvens brancas e desenho de pingos de chuva, em azul claro. O fundo é formado pelo céu azul e um arco-íris que contorna os prédios.

Além de desafiar os alunos a pensarem propostas para o campus universitário, a oficina também trouxe uma nova metodologia: a colagem. Diferentemente dos modelos arquitetônicos tradicionais, que são feitos com imagens e maquetes realistas, o curso propôs que os estudantes expressassem suas ideias de forma mais autoral e menos simulada. De acordo com o professor Brito, a ferramenta da colagem é algo muito pertinente e oportuno para pensar a temática do evento. Para ele, a realidade virtual e tecnológica é importante, mas também é preciso investigar a dimensão criativa e sensível na hora de realizar um projeto.

 

A colagem é uma técnica simples e antiga que tem como característica a sobreposição de imagens e traços leves e coloridos. É um método artístico que cria composições a partir de outras imagens, texturas e materiais diversos. Quando aplicada ao projeto arquitetônico, a metodologia permite que o arquiteto avalie outras informações do local, como as paisagens, os ruídos, a vizinhança, em qual parte há maior circulação de pessoas, quais sensações o local transmite, entre outros elementos.  “Existe uma dança de arranjos, interesses, expectativas, necessidades e funcionalidades que fazem parte do processo criativo, então nessa etapa a colagem mostra-se uma bela ferramenta”, explica o professor.

Colagem digital horizontal e em tons de azul e roxo. No centro à esquerda, um arco de entrada, formado por várias estruturas finas, uma na frente da outra, em formato de arco; as estruturas azuis ao fundo são altas, e a altura vai diminuindo ao chegar na frente, formando um desenho de onda. Nas estruturas, ramos de flores verdes. Na frente do arco, no lado esquerdo, uma placa com a logo da UFSM; no pé da placa, uma pedra. Ao lado, árvore com tronco marrom e copa frondosa com flores roxas; à frente, arbustos de flores roxas e folhagens verdes. Do lado direito do arco, uma parada de ônibus, com estrutura modernista em cinza, com bancos e um relógio digital na parte interna, além do logo da UFSM. Há quatro pessoas na parada, uma em pé e três sentadas. Ao fundo, árvores de diversos tipos com copas nas cores roxa, lilás, branco, rosa e verde acinzentado. Na frente do arco, seis pessoas caminham. No passeio branco, na frente do arco e na parte da frente da imagem, duas pessoas caminham abraçadas. Outras duas pessoas, na rua, estão em bicicletas. Todas as pessoas estão em preto e branco e, no lugar das cabeças, têm arranjos de flores de variados tipos, nas cores vermelho e rosa. O fundo é o céu azul com nuvens brancas.

Os trabalhos da oficina foram feitos através da colagem digital, que conta com o auxílio de plataformas de edição de imagem, por isso o professor Brito acredita que a técnica foi adequada para ser trabalhada de forma remota. “Além da praticidade tecnológica, a colagem trouxe uma aproximação da nossa Universidade com os alunos. Por isso, era muito importante que a oficina fosse online, para podermos dialogar com os alunos novos que ingressaram durante a pandemia e aproximar eles da nossa realidade local”.

 

É o caso de Ana Paula Rodrigues d’Assunção, aluna do 2º semestre de Arquitetura e Urbanismo, que, por ter entrado na faculdade durante a pandemia, ainda não conseguiu conhecer o campus presencialmente. “Como estou recém iniciando o curso, foi muito engrandecedor poder ter essa troca com os alunos e professores, além de pensar nas propostas e conhecer um pouco melhor a Universidade”, conta. 

 

Ana Paula também destaca como ponto positivo o aprendizado propiciado: “eu já conhecia a técnica de colagem, mas  nunca tinha pensado nela como algo possível de aplicar na arquitetura. A oficina me ensinou como a criatividade pode ser utilizada de várias maneiras no ato da idealização de um projeto arquitetônico”.

Colagem digital quadrada e colorida do pórtico de entrada da UFSM. No centro à esquerda da imagem, o pórtico cinza, em formato de A. Do pórtico, sai um fusca verde. Há uma pessoa que mexe no celular apoiada no lado direito do pórtico. Na frente dele, calçada com textura colorida. Na frente, o asfalto, com um canteiro triangulas ao meio, com gramas ao centro. No lado direito, detalhe de ônibus amarelo. Na frente, detalhes de plantas na parte inferior. O fundo do arco é composto por uma paisagem de gramado, com palmeiras ao longo do caminho de entrada, árvores com copas densas e em verde espalhadas pelo jardim, e uma árvore com copa rosa entre duas verdes, no lado direito da imagem. Na frente da árvore rosa, uma fonte de concreto cinza. Ao longo do gramado, há pessoas sentadas, em pé, deitadas. Ao fundo, o céu, com nuvens em rosa e branco, um arco-íris na direita da imagem e que começa no arco, oito pássaros em duas fileiras acima do arco, e estrelas em pontos brilhantes. No centro superior, em caixa alta e com as letras no estilo colagem, o nome "Fragmentos".

A oficina e seus resultados

O evento aconteceu entre os dias 22 e 26 de novembro de 2021 e contou com a participação de cerca de 80 alunos divididos em dez equipes. Cada uma delas era composta por estudantes de diferentes semestres, de modo a promover integração e a troca de conhecimentos na realização das atividades. A oficina também tinha como proposta a agilidade: o trabalho final consistia na entrega de três colagens feitas em um prazo de 30 a 40 horas.

 

As colagens deveriam ser sobre o campus da UFSM de Cachoeira do Sul e foram classificadas em três categorias: acesso ao campus, espaços livres e espaços construídos. Consistiam em trazer, respectivamente, uma proposta de projeto para a entrada da Universidade, para uma área livre e ampla, e para a área de ensino onde ficam localizadas as salas de aula. Os melhores trabalhos de cada categoria assumiram uma posição de destaque e, no fim, foi realizada uma classificação geral das equipes.

Colagem digital horizontal e colorida, com predominância dos tons de laranja e verde. No centro da imagem, na parte inferior, quatro pessoas, com a sombra em preto, atravessam uma faixa de segurança branca, sobre um asfalto cinza. Acima delas e ao longo do asfalto, uma estrutura de metal em verde água, em formato de ondas, e que forma um arco. Um ônibus azul, de costas, está ao fundo do caminho. À esquerda das estruturas, fileira de árvores com tronco marrom e copa densa e verde musgo. Abaixo das árvores, ao fundo, bancas verdes com verduras e legumes; na frente, colagem de fotografias de pessoas e desenhos de pessoas. O chão é bege e, na frente das árvores e abaixo da estrutura, a calçada é de um laranja forte e neon, com detalhes em amarelo. No lado direito da imagem, ao lado da estrutura, outra fileira de árvores com tronco marrom e copa densa. A calçada é quadriculada, com fundo cinza e detalhes em branco, no formato ondular. Ao fundo, o céu, em tom de rosa claro.

Para a estudante Martiele Wilhelm, do 10º semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo, a experiência do evento foi muito boa: “é muito legal ter esse contato com grande parte das pessoas que estão no curso, principalmente agora na rotina de ensino remoto. Também gostei muito da temática escolhida, de retratar a nossa Universidade, pois é um lugar que sentimos muita saudade. A oficina ajudou a relembrar as nossas vivências e criar expectativas para  quando pudermos retornar presencialmente.”

 

O corpo docente e comissão organizadora da oficina também ficaram muito satisfeitos com o resultado final do evento. Para o professor Britto, o objetivo foi cumprido: “Pudemos aplicar uma técnica enriquecedora e mostrar que o nosso campus é um lugar estimulante, que existe um grupo de professores e de alunos que pertencem àquele lugar. Isso é motivador para o aluno vir às aulas, não trancar o curso  e viver a faculdade mesmo diante dos desafios da pandemia”, afirma.

 

Você pode conferir mais sobre a oficina e todos os trabalhos realizados nas redes sociais do evento. 

Expediente

Reportagem: Rebeca Kroll , acadêmica de Jornalismo e bolsista

Produção Gráfica:  Noam Wurzel, acadêmico de Desenho Industrial e bolsista

Mídia Social: Eloíze Moraes, acadêmica de Jornalismo e bolsista; Alice Santos, acadêmica de Jornalismo e voluntária; Rebeca Kroll, acadêmica de Jornalismo e bolsista; e Martina Pozzebon, acadêmica de Jornalismo e estagiária

Edição de Produção: Samara Wobeto, acadêmica de Jornalismo e bolsista

Edição Geral: Luciane Treulieb e Maurício Dias, jornalistas

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