Com a família toda no Brasil e com a chegada da pandemia, em 2020, eles sentiram a necessidade de encontrar uma fonte de renda que contribuísse para as suas demandas econômicas. Passaram a produzir as comidas em casa, de forma artesanal, e vender por tele-entrega. Recentemente, tiveram a oportunidade de se tornarem expositores na PoliFeira da UFSM, bem como de outras feiras populares da cidade, como o Feirão Colonial.
A receptividade aos produtos tem sido boa. Na percepção de Maximiliano, isso se deve ao interesse dos brasileiros em conhecer novos sabores e, para isso, o espaço proporcionado pela feira é muito importante para promover experiências culinárias. “A gente percebe que as pessoas ficam mais interessadas quando você explica pra elas o que é cada coisa que colocamos para venda”, explica.
O trabalho que realizam vai muito além de vender, pois ao apresentar os sabores também estão compartilhando sua cultura, história e tradição. É o que confirma Geórgea Quevedo que, após experimentar as empanadas pela primeira vez, se tornou cliente. “Eu nunca tinha provado, mas amei. Eles têm opções bem diferentes”, comenta. Para ela, a PoliFeira se diferencia justamente pela diversidade cultural que apresenta por meio dos produtos oferecidos pelos feirantes.
Conforme Gustavo Pinto da Silva, coordenador da PoliFeira, o projeto tem a intenção de promover a ampla participação da comunidade e também trazer novos significados para as experiências alimentares. A MilhoPão cumpre com esses elementos: “Eles trazem uma riqueza pra feira que tem a ver com a diversidade cultural da Venezuela”, afirma Gustavo. O edital pelo qual ingressaram na PoliFeira é destinado a estudantes da UFSM e busca oferecer um espaço de fortalecimento ao empreendedorismo entre os alunos.