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Percepções de uma experiência jornalística no Direito



Eduarda Gindri – dudatgindri@hotmail.com

Botei os pés no curso de Jornalismo aos 16 anos, depois de ter passado os olhos pelas mais distintas opções de futuro. Completei 17 anos na metade do primeiro ano e cheguei ao final do segundo semestre sabendo que deveria ir além. Optei por um segundo curso, e devido à gigantesca gama de oportunidades e à ampla formação que me proporcionaria, escolhi o Direito, que comecei a cursar no primeiro semestre de 2010.

Desde então, alcancei a maioridade aceitando a aventura de dobrar minha carga horária e conciliar duas áreas de conhecimento, que mesmo sendo pertencendo às ciências sociais, não pareciam ter muito em comum. Foi quando, na segunda edição da revista .txt que produziríamos no ano, me foi proposta uma pauta sobre a Assistência Jurídica da UFSM. De cara, achei que dali não sairia uma baita matéria, mas aceitei como uma forma de encontrar uma ponte entre Jornalismo e Direito. Coloquei, então, uma regra nessa experiência: vestir a camisa de jornalista e deixar de lado o fato de também ser estudante de Direito.

Parti para a apuração. Fui bem recebida por todos que trabalhavam na Assistência, conheci as instalações, os procedimentos, a rotina e que tipos de casos passavam por ali. Na lei, nos modelos e nas teorias tudo parece perfeito, em sincronia para um único final possível. Mas na prática, estas leis, modelos e teorias são apenas a base para lidar com casos reais, muito mais sérios e complicados.

Na Assistência Jurídica Gratuita da UFSM são atendidas, preferencialmente, pessoas de baixa renda, que moram em comunidades humildes e que convivem com um cotidiano de violência, miséria e estigmas sociais.

São mulheres que querem se divorciar, mães que buscam proteção aos filhos, pais violentos, e outras situações que não fazem parte da realidade da grande maioria dos estudantes da UFSM, principalmente dos que ali trabalham. Os trabalhos desenvolvidos pelos projetos de extensão da Universidade existem para estender o conhecimento do Campus para a vida das pessoas.

Para os alunos que trabalham na Assistência Jurídica, estender o conhecimento para as pessoas que ali procuram ajuda é também estender um ombro amigo, um suporte emocional para que elas passem por cima dos desafios. Para isso, na Assistência trabalham também dois alunos de Psicologia e uma assistente social, visando um atendimento global das necessidades da comunidade.

Percebi, ao final da experiência, que o maior ganho de uma experiência universitária “de dentro para fora” não esta só no conhecimento adquirido. O contato com uma realidade adversa, diferente da qual estamos habituados, nos engrandece profissionalmente e pessoalmente. Assim, buscamos no ofício que escolhemos para o nosso sustento, desempenhar uma função útil, que faça diferença para a sociedade que trabalhamos.

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