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Candidatos a reitor falam à .txt



Bernardo Zamperetti – bszamperetti@gmail.com
Elisa Beatriz Sartori – elisabsartori@gmail.com

Universidade autônoma

A chapa 1 é formada pelo diretor do Centro de Ciências da Saúde, Paulo Burmann, e pelo professor do Centro de Ciências Rurais, Paulo Bayard.

 

 

.txt – Por que a decisão de concorrer novamente?

Burmann – Desde 1997, quando concorri como vice-reitor, nós discutimos um conjunto de ideias pra Universidade. Em 2005, quando houve a primeira incursão como candidato a reitor, defendíamos um modelo democrático, transparente, de participação, com a concepção de que as pessoas que fazem o cotidiano da UFSM constituem a centralidade do processo. Buscamos uma Universidade que possa se colocar num patamar de destaque e cuja repercussão do seu trabalho se faça sentir positivamente na sociedade como um todo, e por acreditar nesse conjunto de ideias é que a gente persiste. E, dessa vez, se o projeto não for acolhido novamente, não haverá nova tentativa.

.txt – No que o projeto da chapa se difere da atual gestão?

Burmann – Nós temos algumas diferenças importantes. A primeira e principal delas é o sentimento de que a Universidade precisa definir o seu destino, e nisso entra a questão da autonomia didática, pedagógica, administrativa e política da UFSM. A Universidade não consegue estabelecer um diálogo com todos os setores da sociedade. Hoje, não há disposição ao diálogo. Outro ponto é a questão da transparência em todas as ações, que se faz necessária em todos os momentos e em todos os lugares. O atual modelo de gestão é de 20 anos, ultrapassado, precisa ser mudado.

.txt – Quais são as prioridades da gestão?

Burmann – Resgate da autonomia e da grandeza da nossa instituição. Nós precisamos resgatar as relações internas, estabelecer uma gestão humanizada, de oportunidade, moderna, onde todos os docentes, professores e técnico-administrativos tenham consciência da sua importância para a Universidade. E, com isso, a valorização dos saberes dentro da UFSM, do ensino, da pesquisa e da extensão. A Universidade também precisa ter outro olhar sobre a questão socioambiental. Há a necessidade de recuperação e equilíbrio ambiental, que passa pelo tratamento dos resíduos, pela urbanização do campus, dentro de um projeto que traduza em bem-estar a toda comunidade que frequenta a Universidade diariamente.

.txt – Quais os projetos vão atender as demandas de professores, técnicos e alunos?

Burmann – Primeiro, nós temos que repensar o nosso quadro de servidores. Há setores com faltas significativas, tanto em relação a docentes quanto a técnico-administrativos. Fundamentalmente, nós precisamos valorizar ainda mais os servidores, pois cada quadro da Universidade tem uma razão para existir. E devemos dedicar toda a atenção às demandas dos estudantes. A razão da existência da Universidade é o aluno. Os estudantes precisam ser ouvidos e terem voz.

.txt – Apesar da aprovação do Reuni na UFSM ter sido em 2007, ainda hoje, existem problemas, como a situação dos prédios e a falta de professores da área nos cursos implantados. Como devem ser resolvidos esses problemas?

Burmann – O projeto Reuni foi mal negociado para a nossa Universidade. E, nesse ponto, entra, novamente, a questão do diálogo. Nós nos dispusemos a receber mais de dez mil alunos, além dos que já tínhamos, mas não houve negociação em contrapartida para a Universidade. De nada adianta abrir as portas para os estudantes, se não vamos disponibilizar professores e estrutura educacional. É evidente que a Universidade precisava ter se preparado melhor pra isso. Esse projeto de expansão foi muito importante, mas também foi realizado de forma equivocada.

Confira um trecho da entrevista com Paulo Burmann:

Expandir e unificar

A chapa 2 é formada pelo atual reitor, Felipe Martins Müller, e por seu vice, Dalvan José Reinert.

Candidato à reeleição, Felipe Muller

.txt – Por que tentar a reeleição?

Müller – Nós temos a intenção de dar continuidade aos projetos que extrapolaram o tempo do mandato. Em virtude disso, nós decidimos que seríamos candidatos novamente, pois tendo em vista como estávamos conduzindo a Universidade, e onde gostaríamos de chegar no futuro, entendemos que a Universidade precisava de mais quatro anos com a nossa administração.

.txt – Quais foram as principais conquistas e o que não foi realizado na atual gestão?

Müller – A Universidade nunca esteve tão bem em relação a equipamentos e obras. O Centro de Ciências Sociais e Humanas é um bom um exemplo. Pela primeira vez, tem-se a perspectiva de unificar, dentro de um complexo, todos os cursos do Centro, de ter laboratórios qualificados, e de ter, acima de tudo, uma grande estrutura. Conseguimos, também, democratizar o acesso à Universidade, oferecemos mais vagas no ensino superior, gratuito e de qualidade para a população. O que ainda desejamos é unir alunos, funcionários e docentes e introduzi-los dentro da vida universitária. Ou seja, fazer com que atuem mais fortemente no ensino, pesquisa e extensão através de programas de pós-graduação e, especialmente, mais projetos voltados para comunidade.

 .txt – Apesar da aprovação do Reuni na UFSM ter sido em 2007, ainda hoje, existem problemas, como a situação dos prédios e a falta de professores da área nos cursos implantados. Como devem ser resolvidos esses problemas?

Müller – A Universidade tem um orçamento limitado, logo, no momento em que priorizamos a extensão, contratamos docentes, técnicos administrativos, equipamentos, espaço físico para agregar essas pessoas. Tem-se todo um planejamento em relação a isso, mas, ao se fazer uma expansão como essa, o risco de ocorrer problemas que atrapalham o andamento do processo é muito grande. E esses problemas, muitas vezes, não competem à Universidade, por exemplo, o não cumprimento de prazos ou até mesmo a falência de algumas empresas.

.txt – Quais projetos em andamento que, em caso de reeleição, receberão uma atenção especial?

Müller – Temos o Centro de Convenções, a Casa de Comunicação, uma sala multiuso com restaurante e espaço para eventos. Dentro desse Centro, inclusive, está previsto o Centro de Documentação e Memória da Universidade, que tem como grande objetivo resgatar a memória histórica, artística e cultural e vai oferecer também exposições permanentes de obras de arte à disposição da sociedade.

 .txt – Qual é a posição da chapa sobre a democracia nas decisões que cabem à comunidade universitária, em relação ao diálogo da reitoria com estudantes e servidores?

Müller – Hoje, temos uma democracia muito consolidada na UFSM. Em todos esses processos que nós sofremos, como greves, invasões na reitoria, enfim, em todas as demandas que tivemos, em momento algum fomos contra o diálogo. Em todas as situações, nós dialogamos ao extremo, encaminhamos as pautas e fizemos o possível para que tudo se resolvesse. Então, isso significa que, hoje, em todas as decisões que nós tomamos, os estudantes e funcionários tiveram participação direta na decisão. O diálogo, com certeza, está bem estabelecido na Universidade.

Confira um trecho da entrevista com Felipe Müller:

Humanização das relações

A chapa 3 é formada pelo diretor do Centro de Tecnologia, Eduardo Rizzatti, e pelo diretor do Centro de Ciências Rurais,  Thomé Lovatto.



.txt – A atual gestão é oriunda dos mesmos Centros que vocês. Por que lançaram a candidatura?

Rizzatti – Nos candidatamos, pois acreditamos que a Universidade está indo na direção errada, e estamos preocupados com os rumos da instituição. Não concordamos, principalmente, com a forma impositiva como são tomadas as decisões. Por isso, percebemos que não só tínhamos o direito, e sim o dever de colocar nossos nomes à disposição. Destacando que é uma visão institucional, nada pessoal.

.txt – No que o projeto da chapa se difere da atual gestão?

Rizzatti – A diferença está na forma de atuação. Temos uma forma pró ativa e não impositiva, uma maneira muito democrática de ouvir as pessoas, de resolver os problemas, caracterizada pelo humanismo. Esta é a principal característica da nossa chapa, pois entendemos que hoje, na Universidade, falta uma relação mais humana entre as pessoas, há uma série de prédios, mas as pessoas trabalham tristes neles. A nossa atitude busca primar pela transparência, pela simplicidade, e pelo tratamento com igualdade, independentemente da capacitação que a pessoa tenha. Esse é um ponto nosso que trazemos ao longo da nossa trajetória.

.txt – Quais são as prioridades da gestão?

Rizzatti – A Universidade tem crescido muito e somos a favor dessa expansão. O Centro de Tecnologia foi o que mais cresceu na UFSM, e o nosso projeto, o Reuni, contemplou muito bem a questão de espaço físico, salas de aula, número de docentes e de técnicos administrativos para atuar nesses cursos. Porém, a nossa infraestrutura ficou debilitada. Em todos os setores da UFSM, nós temos esses problemas. No Derca, na Proinfra, temos problemas na questão de importação de equipamentos e recursos humanos, então as pessoas estão se sentindo sobrecarregadas. Nós queremos, antes de tudo, solidificar a questão do Reuni. Temos problemas nas unidades descentralizadas e é necessário fazer uma aproximação com os municípios da região, pois sentimos que, em muitos casos, a Universidade, que é a mais interessada, não busca essa aproximação.

.txt – A UDESSM (Universidade de Ensino Superior de Silveira Martins) sofre um sério problema da evasão de alunos e vagas ociosas. Qual a proposta da chapa para atenuar essa questão?

Rizzatti – Promover ações e dar condições para que as pessoas fiquem lá. Tem problemas no Restaurante Universitário, na casa do estudante, instalações nas salas de aula, internet, de transporte e acesso, e também na escolha dos cursos. Em relação a Palmeira das Missões e Frederico Westphalen, nós temos que dar as condições de igualdade que nós temos aqui, porque lá tem docentes que tem 27 horas aula, tem professores que lecionam sete matérias. Somos a favor da ampliação, mas queremos primeiro acabar de implantar o Reuni, fazer uma avaliação adequada, discutir e corrigir os problemas, para depois pensar em expandir mais.

.txt – Qual a sua avaliação sobre a situação atual da UFSM?

Rizzatti – A Universidade teve seu maior momento de crescimento em relação à expansão de prédios, salas de aula, docentes e técnicos. Paralelo a isso, temos a necessidade de um crescimento na qualidade das relações humanas e interpessoais. Nesse sentido, então, é um desafio bastante grande. Queremos colaborar para que tenhamos qualidade de vida aqui dentro do Campus. Passamos muito tempo aqui na Universidade, e esse tempo deve ser usado com qualidade, com a construção de relações positivas, para que possamos fazer com satisfação o nosso trabalho e que cheguemos em casa com a sensação de dever cumprido.

Confira um trecho da entrevista com Eduardo Rizzatti:

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