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Além do RU



Bares e restaurantes são segunda opção de alimentação da comunidade universitária

Barbara Pesamosca – barbarapesamosca@hotmail.com
Letícia Malinoski – m_alisouza@hotmail.com

Apesar do grande movimento no Restaurante Universitário (RU) e de muitos gostarem das refeições, ele não é a única opção de alimentação no Campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Há vários bares e lancherias localizados em diferentes prédios para atender os estudantes.

Na última greve dos servidores da UFSM, ocorrida no final do primeiro semestre de 2012, bares e lancherias foram essenciais para os acadêmicos. Como eles permaneciam em aulas e todos servidores, incluindo os do RU, haviam aderido ao movimento, os locais alternativos se tornaram uma saída para as refeições no Campus. A maioria dos estabelecimentos oferece almoço por quilo, prato feito ou livre, e alguns servem todas as opções. Há variedade de lanches e os preços são acessíveis.

Os bares e lancherias estão distribuídos por todo o Campus: o Menezes, no Centro
de Tecnologia (CT); o Portela, no Centro de Educação (CE); o DaKasa, no prédio 20. A empresa Etnias tem dois bares no Campus, um localizado atrás do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) e o outro no Centro de Ciências Rurais (CCR).

O Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH – 74A e 74C) possui o Arte de Cozinhar, que também tem uma unidade no Hospital Veterinário Universitário (HVU). Ainda há o Pança Cheia no Colégio Politécnico, o Bar e Lancheria da Cléo, no Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) e o Pitadella, atrás do prédio da Reitoria.

O horário de funcionamento dos bares varia de acordo com o contrato estabelecido, mas, a partir das 7h, alguns já estão abertos. O horário de mais movimento é ao meio-dia e nos horários de intervalo das aulas, geralmente entre 15h e 17h. Os alunos de cursos noturnos enfrentam algumas dificuldades, pois são poucos os bares que funcionam à noite. Segundo os donos, eles abrem apenas para cumprir contrato, pois não há muito movimento após as 18h. Os únicos que abrem à noite são os bares do CE, o Etnias (atrás do HUSM) e o do CCSH. Nenhum deles serve jantar, apenas lanches.

Alunos que frequentam o bar do Centro de Educação dizem que há movimento, pois são vários os cursos noturnos que ocupam os serviços da lancheria, já que o bar do Centro de Tecnologia, localizado perto do CE, não funciona à noite.

As pessoas que procuram uma refeição diferenciada, como lanches vegetarianos, poderão encontrar em todas as lancherias. Algumas fazem lanches por encomenda, como por exemplo, o bar do HUSM e do CEFD, que possuem xis no seu cardápio. Outras lancherias recebem pedidos de clientes para acrescentar alguma comida especial no buffet ou até mesmo para adicionar sabores diferentes de sanduíches.

O destino dos restos de comida que sobram dos almoços deixa os estudantes curiosos. Enquanto alguns bares reaproveitam o que podem em outras receitas (bolinho de arroz, molho de carne ou recheio de lanches com o assado do dia anterior), outros contam com ajuda externa de pessoas que levam a comida para criação de animais e aproveitam o óleo que já foi utilizado para fabricação de sabão.

O processo de licitação

O processo de escolha das empresas que atuam nos bares da Universidade se dá por licitação, como explica a diretora da Divisão de Materiais Editais e Contratos, Alessandra Daniela Bavaresco. A licitação ocorre através da modalidade de concorrência, em que as empresas disputam a ocupação do espaço físico para exploração de lancherias. A escolha é feita com base no preço da oferta. A de maior preço ganha o processo de licitação, pois é ela que vai explorar e pagar a retribuição mensal, como se fosse um aluguel (o maior aluguel vence o processo). Para isso, a empresa deve atender a todas as demandas do edital de licitação.

A ganhadora do processo tem no máximo cinco anos de permissão para uso do espaço, e depois desse tempo é aberto novo edital. Todo ano há uma renovação de contrato. Se é de interesse da empresa e da Universidade, a lancheria permanece. Há empresas que permanecem por um tempo menor, pois alegam não ter lucro. Há também algumas que não atendem as especificações do contrato, então é aberto novo edital.

Com relação ao acompanhamento de nutricionista nos bares, não há uma exigência no edital ou contrato que peça a existência de um profissional para regular o cardápio das lancherias. Isso fica a cargo das empresas, que são terceirizadas, como é o caso da lancheria Etnias que se localiza no HUSM e no prédio 42 da UFSM, que possui uma nutricionista contratada.

A fiscalização de serviço é realizada quando há denúncia. Se há algum problema, tenta-se resolver com conversa e analisase o cumprimento do contrato. Chamase também a Vigilância Sanitária para a vistoria, pois a UFSM não tem pessoal especializado para esse tipo de serviço. Nunca foi registrado nenhum tipo de problema que envolvesse serviços de Vigilância Sanitária, destaca a responsável pelo setor de contrato dos bares e lancherias da Pró-Reitoria de Infraestrutura (Proinfra), Adriani Souto Teixeira. Ela ainda enfatiza: “Alguns pequenos problemas são referentes a lanches, em que os consumidores reclamam da quantidade de sal, da temperatura. Problemas como esses são resolvidos com conversa.

O fato de os bares e lancherias abrirem à noite ou não se deve ao contrato e à necessidade do Centro em que eles estão instalados. Todos têm um termo de permissão (contrato) que estabelece o horário de funcionamento a partir da demanda. Um exemplo é o bar do HUSM, que fecha mais tarde, às 23h, pela necessidade de atender um público maior e em vários horários.

Bastidores da .txt

A ideia dessa pauta para a 18ª edição da revista .txt veio da nossa colega Francys Albrecht. Juntamente com nossa colega Luíza Tavares, elaboramos os enfoques da matéria. Após essas definições fizemos a pesquisa, as entrevistas e os textos. As Fotos foram feitas pela Hellen Barbiero.

A ausência de informações do Bar e Lancheria Pitadella, que fica atrás da Reitoria, ocorreu devido a não apuração no local. No período destinado à pesquisa para realização da matéria, o bar não pôde nos atender.

O atendimento que recebemos em alguns bares foi agradável, como por exemplo, no bar do 74 A (Arte de Cozinhar). Lá, após a entrevista, ganhamos café da atendente. Também fomos bem atendidas logo de manhã cedo pelo simpático dono do Bar e Lancheria da Cleo, no CEFD.

 

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