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Mais do que um melhor amigo



Bárbara de Barros Barbosa – barbarabbarbosa@otmail.com
Luíza Moura Tavares – violetalu@hotmail.com

O bordão de que os cães são os melhores amigos do homem foi levado a sério pelo curso de Fonoaudiologia da UFSM: uma nova técnica de terapia rende ao pet ,além do posto de melhor amigo, a função de coterapeuta, ao considerar o companheirismo e a amizade já conhecida desses animais. Foi nessa atmosfera alegre que surgiu a ideia de um novo método de tratamento: a cinoterapia.

A cinoterapia é um recurso aplicado pelo Serviço de Atendimento Fonoaudiológico (SAF) que conta com a presença de cães da raça pastor alemão e bordercollie em tratamentos com crianças que possuem problemas de linguagem.  “O cão serve como coterapeuta, ele é um mediador do processo. Como o cão é muito bem aceito socialmente, conseguimos com que os pacientes desenvolvam a linguagem de forma mais efetiva, tornando-se mais comunicativos e tranqüilos, além de interagirem melhor com o ambiente que o cerca, o que, consequentemente, estimula de forma notável a fala”, detalha a professora do curso de Fonoaudiologia, Carolina Lisboa Mezzomo, também docente nos cursos de Pós-graduação em Distúrbios da Comunicação Humana –  nos níveis de mestrado e doutorado.

A terapia assistida com animais é um trabalho articulado pelo curso de Fonoaudiologia em parceria com o professor Dartanhan Baldez Figueiredo, dono de cães e voluntário, desde o segundo semestre de 2013. Nesse projeto, somente cachorros são utilizados na fonoterapia como mediadores, mas é possível desenvolver sessões que envolvam outros animais, tal como cavalos, segundo Carolina.

De acordo com a doutoranda em Distúrbios da Comunicação, Diéssica Vargas, existem inúmeros exemplos de sucesso observados nas terapias, contudo o mais marcante foi o dia em “que um paciente com autismo estava extremamente agitado, ele chegava a dar alguns chutes no cão. De repente, o animal deitou a cabeça no colo da criança e ela se transformou, ficou mais afetuosa, se tranquilizou e a partir disso buscava interação constantemente”, conta ela.

Para poder participar das terapias do curso de Fonoaudiologia, os animais passam por uma série de etapas que compreendem desde vacinas até a análise de comportamento: “O animal precisa ser extremamente dócil, afinal, as crianças mexem no cachorro a todo momento” acrescenta Carolina. Segundo Figueiredo, os cães Cilla e Foxy caminham por uma hora antes de irem para a terapia. Esses exercícios são realizados para cansá-los e esgotá-los, o que os deixa mais tranquilos para a sessão. O período em que os cães ficam na terapia com as crianças não ultrapassa uma hora, medida que serve para não estressá-los. Apesar de passarem pouco tempo nas terapias, os profissionais afirmam que toda segunda-feira o clima é de festa com a chegada dos pets no SAF.

Os resultados ainda não são definitivos, mas os pesquisadores estão motivados com as experiências. Já há trabalhos de conclusão de curso em andamento sobre pesquisas relacionadas ao assunto. O público tem recebido bem a ideia, principalmente as crianças, por já estarem familiarizadas com os animais.TXT

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