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O uso do Jardim Botânico da UFSM como espaço de ensino não formal



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A aprendizagem é um processo que acontece nas mais diversas situações. Habitualmente, vê-se a escola como o principal local de construção de saberes, mas sabe-se que não é somente no ambiente escolar que é possível adquirir conhecimento. No que diz respeito aos diferentes tipos de educação, muitos autores a dividem em: educação formal, informal e não-formal.

A educação formal é aquela que é institucionalizada pelo governo, onde todos os cidadãos possuem direito de acesso. Esse tipo de educação possui um lugar certo para ocorrer e conta com um currículo específico para cada grau de conhecimento. É o que acontece nas escolas, centros de educação tecnológica e ensino superior. A educação informal é também conhecida como não intencional, pois é o tipo de educação que acontece o tempo todo, em qualquer lugar, sendo adquirida através da socialização e de experiências ao longo da vida. A educação não-formal diz respeito às atividades que acontecem fora do ambiente institucionalizado de educação, que não seguem um currículo específico, mas que possuem a intenção de promover a aprendizagem dos participantes da atividade em questão. Os indivíduos participantes são voluntários, pois diferentemente da educação formal, esta não possui uma obrigatoriedade ditada por parte do Estado. Exemplos de locais que promovem educação não-formal são os museus, zoológicos, planetários e jardins botânicos. Apesar dessa diferenciação, todos os tipos de educação são importantes e se complementam.

O Jardim Botânico da UFSM (JBSM), além de ser um local de pesquisa e extensão, também é um espaço de ensino não-formal, pois, durante as visitas guiadas pelos monitores, a educação ambiental é trabalhada com os visitantes. As visitas monitoradas têm um roteiro pré-definido, nas quais apresentamos as relações ecológicas entre os seres vivos, a importância da preservação do meio ambiente e o papel do jardim botânico na conservação da natureza, promovendo espaços lúdicos para outros assuntos colocados pelos visitantes, relacionados à temática ambiental. O JBSM atende os mais variados públicos, com as visitas adaptadas para cada tipo de grupo. Além disso, o responsável pelo grupo de visitantes pode solicitar ao JBSM, no momento do agendamento, os temas específicos que serão abordados, temas estes relacionados ao meio ambiente ou a assuntos diversos da área da biologia. Convidamos todas e todos para que venham participar de uma visita guiada no JBSM! Estamos esperando por vocês!

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Texto elaborado por Alice Klüsener Christoff – Bióloga, acadêmica do curso de Especialização em Educação Ambiental e acadêmica do curso de Licenciatura em Geografia – bolsista FIEX, sob orientação do Prof. Renato A. Záchia (Departamento de Biologia, UFSM). Setembro, 2018.

 

REFERÊNCIAS

GADOTTI, M. A. Questão Da Educação Formal/Não-Formal. INSTITUT INTERNATIONAL DES DROITS DE L’ENFANT (IDE): Droit à l’éducation: solution à tous les problèmes ou problème sans solution?, p. 1–11, 2005.

GASPAR, A. A educação formal e a educação informal em ciências. Ciência e Público, p. 171–183, 2002.

SANTOS, G. P. C. Contribuições dos espaços não formais de educação para o desenvolvimento de atividades potencialmente significativas para o ensino de ciências. 110 p. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências): Universidade Federal de Outro Preto. Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Ouro Preto, 2016.

VIEIRA, V.; BIANCONI, M. L. A importância do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro para o ensino não-formal em ciências. Ciências e Cognição, v. 11, p. 21–36, 2007.

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