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Os diversos usos de forrageiras na alimentação do gado leiteiro



Nos sistemas de criação de gado leiteiro, a alimentação do rebanho é um dos principais pilares na sustentação de uma alta produtividade e o principal custo da produção do leite, tradicionalmente suprida pelo uso de pastagens extensivas. A intensificação da cadeia produtiva do leite e a melhoria do potencial genético dos animais tornou fundamental a utilização de forrageiras de alto rendimento. Além disso, a estacionalidade e consequente escassez de pasto, conhecido por vazio outonal que ocorre entre os meses de março e junho, pressionam os produtores da região Sul a buscar alternativas para alimentação do rebanho. O rol de possibilidades mais adotadas variam entre forragens conservadas, forragens verdes picadas e forrageiras de inverno.

Durante o período de escassez de pasto, as forragens cortadas garantem a manutenção da alimentação do rebanho para assim assegurar a alta produtividade. Entre elas, podemos destacar o capim-elefante (Pennisetum purpureum), com adaptabilidade aos diversos ecossistemas e microclimas das regiões produtoras, além de produzir alta quantidade de biomassa. Essa gramínea é empregada sob diversas formas no trato dos animais, desde na forma de capineira, com grande aproveitamento devido sua palatabilidade, até como feno e silagem.

A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) também é uma alternativa para suplementação do rebanho, visto que seu ciclo de colheita coincide com o período de menor crescimento do pasto. Além disso, apresenta riqueza em energia e alta produtividade, porém seu teor proteína bruta é reduzido e com baixa degradabilidade/digestibilidade no rúmen, o que torna interessante a adição de fontes de N para uma melhor produção.

A ureia acrescida de fontes de enxofre é o mais recomendado, lembrando que a dose total desse composto deve preceder aumento gradativo ao longo de quatro semanas (aumento de 25% do total por semana), para evitar intoxicações nos animais. Alguns trabalhos como o de Moreira e Mello (1986) demonstram a grande obtenção de peso dos animais tratados com cana-de-açúcar.

Outras gramíneas amplamente utilizadas são o milho (Zea mays) e o sorgo (Sorghum bicolor), sendo culturas destinadas à produção de silagens de alta qualidade devido ao seu potencial produtivo. As novas variedades de milho podem muito bem se adaptar ao inverno do Sul, gerando dois plantios anuais, enquanto o sorgo apresenta tolerância ao déficit hídrico, podendo ser empregado durante os veranicos. Já a aveia (Avena bizantina e Avena strigosa) e o azevém (Lolium multiflorum) são empregados no corte e no pastejo, aproveitando áreas de entressafra das culturas de verão. O uso destas forrageiras torna-se interessante, uma vez que além de fornecer alimento às vacas em lactação, constituem uma cobertura vegetal importante para mantimento da qualidade do solo, minimizando processos erosivos.

As opções para alimentação do gado leiteiro via pasto são variadas e podem ser ofertadas o ano todo com ajustes no sistema de manejo, fornecendo alimento de qualidade aos animais e reduzindo custo de produção pela diminuição da necessidade de complementação.

Autor:

Yuri Rafael Rissi, acadêmico do 5º semestre de Agronomia e bolsista do grupo PET Agronomia — Universidade Federal de Santa Maria.

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