Um momento de reflexão, discussão e partilha de conhecimentos, foi assim que o curso de Filosofia celebrou as 6 décadas do início da sua primeira turma. Para comemorar essa ocasião especial, o curso organizou, na sexta-feira, dia 22, um dia marcado por trocas de saberes, com palestras ministradas por diversos profissionais da área. O evento durou das 10 às 12 horas e das 14 às 18 horas, e as apresentações que ocorreram ao longo do dia abordaram as seguintes temáticas: “Fenomenologia e Psiquiatria: Cem Anos e Além” por Marcelo Vieira Lopes (UFSM), “Entre experiência e estrutura: Fenomenologia Crítica como crítica social” por Camila Palhares Barbosa (UFSM), “Holismo, participação mente-corpo e uma perspectiva decolonial na educação” por Cínthia Roso Oliveira (UPF), “Por que escrever assim? Percurso até um livro de filosofia para o ensino médio” por Marcelo Fischborn (IFFar) e “O romance da Filosofia e a Resolução CNE/CEB 04 de 12 de maio de 2025” por Ronai Pires da Rocha (UFSM).
Mais do que um campo teórico, a filosofia acompanha a humanidade desde os primeiros questionamentos a respeito da vida e do universo, e está presente desde então, como uma ferramenta que provoca reflexões e questionamentos a respeito de inúmeras áreas do conhecimento.
Ao longo desses 60 anos, o curso de filosofia passou por diversas mudanças e adaptações às novidades que surgiram no mundo acadêmico, mas uma qualidade que sempre esteve presente foi a de oferecer um espaço enriquecedor para a discussão de múltiplas ideias e perspectivas, qualidade essa, que o professor Marcelo Vieira Lopes espera que perdure nas próximas 6 décadas. “A expectativa é de que nosso curso continue a cumprir a função que tão bem vem exercendo ao longo desses mais de 60 anos de história: fornecer um ambiente estimulante de discussão de ideias e conceitos dos mais variados tipos. Para além disso, espero que o curso possa seguir, cada vez mais, acolhendo as diferenças e fornecendo um lugar seguro, no qual todas as pessoas interessadas no debate e na construção coletiva de ideias possam ser devidamente acolhidas e estimuladas filosoficamente”.
Para as próximas décadas, o futuro do curso mantém boas perspectivas, afirma o professor Eduardo Saltiel. “Creio que tanto o curso de Licenciatura quanto o de Bacharelado mantêm boas perspectivas para o futuro. O espaço da filosofia no Ensino Médio, foco de formação dos/das discentes da Licenciatura, está se consolidando como um momento valioso em que os/as estudantes das escolas podem lidar com questões que não têm acolhida natural em outras disciplinas, mas que são importantes, pois surgem, de maneira mais ou menos natural, da capacidade reflexiva dos alunos. (…) Em relação ao bacharelado, cabe a esses estudantes serem treinados para desenvolver pesquisas de maneira embasada e autônoma, de modo a alargar os limites do conhecimento da disciplina de filosofia. A intenção é que esses mesmos estudantes cheguem à pós-graduação em condições de realizar pesquisas dentro da filosofia de maneira adequada, tendo por base o percurso da graduação”.
Além disso, espera-se que o curso de Filosofia se consolide cada vez como lugar de excelência, não apenas no âmbito da instituição, mas também a nível nacional e internacional.
Texto e Fotos: Luísa Soccal, bolsista de Jornalismo da subdivisão de comunicação do CCSH.