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Observatório de Inovação Social da UFSM mapeia iniciativas sociais de Santa Maria



A articulação entre universidade e sociedade é condição essencial para consolidar práticas de ensino, pesquisa e extensão que resultem em impacto real. Foi a partir desse compromisso que o Programa de Pós-Graduação em Gestão de Organizações Públicas (PPGOP) e a Incubadora Social da UFSM uniram esforços para desenvolver o Observatório de Inovação Social da UFSM. A iniciativa nasce com o objetivo de dar visibilidade às organizações, coletivos e projetos sociais que atuam em Santa Maria e região, conectando-os em um ecossistema que integra conhecimento acadêmico, demandas comunitárias e políticas públicas.

De acordo com a coordenadora do projeto, professora Debora Bobsin (Departamento de Ciências Administrativas e PPGOP), a proposta nasceu de um desafio concreto: mapear as iniciativas sociais locais. “A ideia inicial era olhar diretamente para as inovações sociais, mas percebemos que antes era preciso conhecer as iniciativas já existentes. Só assim poderemos avançar para identificar quais delas se configuram de fato como inovações sociais”, explica.

Essa necessidade se conecta também com o trabalho já desenvolvido pela Incubadora Social da UFSM, que tem como um de seus desafios compreender com quem pode dialogar e de que forma apoiar projetos sociais locais. O observatório, portanto, cumpre a função de revelar esse campo social, fornecendo dados e análises que orientam tanto a pesquisa quanto a prática extensionista.

O que será mapeado

O levantamento em andamento contempla organizações formais, coletivos e projetos sociais, independentemente do porte ou da estrutura jurídica. Estão incluídas iniciativas como feiras comunitárias, empreendimentos incubados, projetos de apoio social e práticas voltadas a questões ambientais e culturais. Segundo a professora, esse mapeamento é essencial para identificar lacunas e potencialidades de pesquisa, bem como para compreender como as organizações sociais se articulam diante de problemas locais. “Estamos olhando para quem atua diretamente em questões sociais e ambientais, para depois analisar como as políticas públicas conseguem ou não atender a esses desafios”, afirma.

Um dos pontos centrais da proposta é diferenciar iniciativas sociais de inovações sociais. Explica Debora que enquanto as iniciativas sociais englobam atividades em geral voltadas a questões sociais, como entidades assistenciais, coletivos ou projetos comunitários, as inovações sociais possuem caráter mais duradouro e transformador, com capacidade de promover emancipação, mudar condições de vida e gerar valor social. “O observatório começa mapeando todas as iniciativas sociais, mas o passo seguinte é identificar as experiências que de fato se consolidam como inovações sociais”, esclarece a coordenadora.

Plataforma interativa

O projeto prevê a criação de uma plataforma digital dinâmica e acessível, que reunirá informações detalhadas sobre o ecossistema de inovação social em Santa Maria. O ambiente virtual contará com mapa georreferenciado, para localizar e visualizar as iniciativas na cidade e região; filtros por área de atuação e tipo de organização, facilitando a busca de parcerias; perfis detalhados de projetos, reunindo informações sobre objetivos, ações e resultados. Esse recurso permitirá que organizações se reconheçam como parte de um mesmo ecossistema, fortalecendo redes e estimulando ações conjuntas para enfrentar problemas sociais e ambientais.

Importância dos observatórios

Os observatórios são espaços de monitoramento, análise e sistematização de dados sobre determinada realidade social. No caso do Observatório de Inovação Social da UFSM, sua função vai além da coleta de informações: ele se propõe a ser uma ferramenta viva de conexão, que integra ensino, pesquisa e extensão e possibilita a formulação de políticas públicas mais efetivas. Inspirado em experiências como o Observatório de Inovação Social de Florianópolis (OBISF), da UDESC, o projeto reforça o papel estratégico da universidade em dialogar com demandas sociais e em contribuir para a transformação do território.

Mais que um repositório de dados, o observatório se constitui como ponte entre a universidade e a comunidade, apoiando iniciativas já existentes, fomentando o debate público e incentivando a criação de novas práticas de inovação social.
Os dados coletados também servirão de base para análises acadêmicas, consolidando pesquisas no campo da gestão pública e gerando conhecimento científico comprometido com a realidade social.

“Esse projeto fortalece a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, ao mesmo tempo em que deixa um legado concreto para Santa Maria. Ele qualifica a formação dos estudantes do PPGOP e dá visibilidade às iniciativas que transformam a vida das pessoas”, conclui a professora Debora Bobsin.

Informações: Naira Helena Cardoso Prado, acadêmica de Produção Editorial e bolsista do Observatório de Inovação Social; Debora Bobsin, docente do Departamento de Ciências Administrativas e PPGOP.

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