A metodologia adotada é preferencialmente de cunho qualitativo, envolvendo variadas formas de pesquisa e seus modos de tratamento de dados. Pela natureza da própria temática, a investigação narrativa instaura-se como um dos dispositivos metodológicos mais utilizados. Isto porque ela volta-se para o estudo de como os professores e os demais atores da cena educativa experimentam o mundo e o reconstroem, através dos fios da memória. Tal procedimento compreende, não só como os atores relatam suas vidas (pessoal e profissional), mas também como os pesquisadores narram esses relatos. As duas narrativas convertem-se em uma construção, reconstrução compartilhada. Na linha das narrativas, o Grupo trabalha com o que Isaia denomina de auto-reconstrução biográfica, ou seja, a reconstrução escrita por parte dos professores de suas trajetórias formativas, demarcando as fases das mesmas, suas principais características e a temáticas que as orientam, complementada por entrevista narrativa que envolve o fluxo das recordações de cada docente e tem por finalidade aclarar e complementar pontos obscuros da auto-reconstrução.
A forma de pesquisar adotada, por suas características, possibilita o que se denomina de investigação-formação, ou seja, pelo dinamismo empregado, uma comunidade docente vai se constituindo na interação, seja em ambiente de compartilhamento presencial ou virtual. Partindo de um processo reflexivo da própria trajetória narrada, possibilita o desenvolvimento profissional em um contexto cooperativo de educação permanente. Pensar a prática investigativa como um processo formativo, conduz à aprendizagem de como fazê-la, favorecendo o desenvolvimento dos professores envolvidos no processo. Desta forma, o trabalho docente cotidiano, ativado por recursos mediadores auxiliares e sociais, pode tornar-se ocasião para um continuum de formação do professor em professor-investigador.