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I Seminário de Tecnologia Assistiva e Cidadania da Pessoa com Deficiência Visual foi realizado em Florianópolis



Paulo Ricardo Ross falando sobre a inclusão do deficiente visual no ensino superior.Filas de cerca de cinco a dez pessoas com deficiência visual guiando umas às outras pelo hotel e o barulho característico de suas bengalas contra o chão. Essa foi a cena corriqueira que tomou conta do Hotel Canto da Ilha, em Florianópolis, nos dias 06 e 07 de setembro, no I Seminário de Tecnologia Assistiva e Cidadania da Pessoa com Deficiência Visual, realizado pela Federação Catarinense de Entidades De e Para Cegos (FeCEC) juntamente com a Associação Catarinense para Integração do Cego.
O evento teve como objetivo discutir sobre a cidadania e a participação social da pessoa com deficiência visual e ampliar o debate sobre a tecnologia assistiva como ferramenta de inclusão, assim como apresentar e discutir a aplicabilidade de novas tecnologias. O público alvo do seminário envolveu pessoas com deficiência visual, profissionais da Educação Especial,

Paulo Ricardo Ross falando sobre a inclusão do deficiente visual no ensino superior.

representantes de entidades e outras pessoas interessadas em obter conhecimento ligado a essa área, contando com a participação de cerca de 160 pessoas de diversas regiões do Brasil e, inclusive, um participante de Moçambique.
A UFSM/FW foi representada através do curso de Jornalismo pelas professoras Janaina Gomes e Cláudia Herte de Moraes e pela aluna Rubia Steffens, do quarto semestre do curso, que fazem parte do grupo de pesquisa e extensão Comunicação e Acessibilidade da universidade. Cláudia acredita que todo professor deve estar sempre buscando aprender mais e espera que mais pessoas com deficiência cheguem à universidade. “O seminário contribuiu para que o nosso grupo compreendesse questões teóricas que foram apresentadas com muita clareza e propriedade pelas pessoas mais importantes do movimento no Brasil”, avaliou Janaina, que é também coordenadora da Comissão Interna de Acessibilidade de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões.
Na sexta-feira, dia 06, as atividades começaram com a palestra “tecnologia assistiva e as várias vertentes relativas à acessibilidade”, ministrada por Clovis Alberto Pereira, que é graduado em Ciências Sociais, consultor em inclusão e acessibilidade. “A inclusão é uma via de mão dupla, consiste em trabalhar com as próprias pessoas com deficiência e também chamar a sociedade para esse diálogo”, argumentou o palestrante. Adriano Henrique Nuernberg, que é graduado em Psicologia e atua na área de estudos sobre a deficiência, falou sobre “Tecnologia assistiva no modelo social da deficiência” e conceituou a tecnologia assistiva como “todo artefato ou serviço que amplie a capacidade do sujeito, favorecendo sua participação social”. O evento seguiu com a palestra “Áudio-descrição: histórico, situação atual e perspectivas”, ministrada por Felipe Leão Mianes, que trabalha na área da acessibilidade, inclusão e áudio-descrição. Paulo Ricardo Ross, professor da UFPR, falou sobre “As pessoas com deficiência visual e a inclusão no Ensino Superior”, assunto que rendeu diversos questionamentos sobre o que somos, como nos definir e sobre o ser humano não ser apenas o biológico, trazendo à tona conceitos sociais e filosóficos.
Sábado, dia 07, a programação iniciou com apresentações culturais seguida de uma palestra com Moisés Bauer Luiz, graduado em Direito e presidente da Associação de Cegos do RS e da Organização Nacional de Cegos do Brasil, sobre “A participação das pessoas com deficiência visual nos movimentos sociais – promovendo a inclusão”. Márcio Castro de Aguiar ministrou a palestra sobre “O mundo do trabalho e as políticas afirmativas” e Volmir Raimondi falou sobre “Controle social e o avanço das políticas públicas”. Durante a tarde, o assunto foi “Acessibilidade na web – noções básicas de navegação acessível: verificando acessibilidade de sites e a importância de reivindicar esta condição aos desenvolvedores”, com o palestrante Leondeniz Cândido de Freitas, que falou que “a acessibilidade, indo ao encontro da ideia do desenho universal, é oferecer um serviço de maneira que todos possam utilizar com autonomia e o máximo de independência possível”.
Painéis expuseram as tecnologias para acessibilidade na web através de leitores de telas, projetos de pesquisa voltados ao desenvolvimento de tecnologia assistiva e os novos caminhos para a informática. Após cada assunto da programação, o microfone foi aberto para debate, permitindo que o público discorresse sobre diversas questões. O evento contou também com a transmissão pela rádio web Mundo Cegal, uma cabine de áudio-descrição simultânea realizada pela Tagarellas Audiodescrição e, paralelamente, houve a exposição de produtos e serviços educativos inclusivos para o deficiente visual. O evento foi organizado e realizado quase inteiramente por pessoas com deficiência visual e foram disponibilizados materiais impressos, em áudio e em braile. O hotel que sediou o seminário foi modificado para se tornar acessível, adicionando pisos táteis e identificações em braile e realizando um treinamento especial para os funcionários.

 

Fonte: Agência da Hora/Eduarda Wilhelm Possenti 

 

Assessoria de Comunicação da Direção do Centro

assessoriacesnors@ufsm.br 

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