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Testemunho, memória e narrativa articulados na primeira tese do milpa

Felipe Boff apresentou resultados de pesquisa que aborda a Operação Condor em livros de jornalistas



O jornalista e professor Felipe Boff, pesquisador do milpa – laboratório de jornalismo (CNPq/UFSM), é o primeiro integrante do grupo a defender sua tese de doutorado. Felipe ingressou no milpa no mesmo ano da criação do laboratório, quando deu início à investigação cujos resultados foram apresentados em 12 de maio. Intitulada “A Operação Condor em livros de jornalistas: testemunho, memória e narrativa”, a tese, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (Poscom/UFSM).

O estudo observa e tensiona a construção da memória pelo jornalismo em dois livros sobre a Operação Condor, operação de repressão que promoveu ações de colaboração clandestina entre as ditaduras militares da América do Sul nas décadas de 1970-1980. “Operação Condor: O seqüestro dos uruguaios”, do brasileiro Luiz Cláudio Cunha, e “Las Cenizas del Cóndor”, do uruguaio Fernando Butazzoni, ancoradas no testemunho dos autores jornalistas.

Defesa de Felipe.

Por meio de uma análise narrativa e de entrevistas em profundidade, Felipe propõe uma reflexão sobre os modos de narrar e de lembrar. O trabalho está articulado a partir dos conceitos de testemunho, memória e narrativa, e discute as categorias de livro-reportagem e livro de repórter como expressões do jornalismo literário. “Entendo que, do mesmo modo que os livros dos jornalistas pesquisados, cumprimos também, com a tese, nosso ‘dever de memória’, como defendia o filósofo Paul Ricoeur, para com as vítimas do terrorismo de Estado”, argumenta o pesquisador.

Para Felipe, o trabalho de apuração dos jornalistas como fio condutor da narrativa aproxima as duas obras. O pesquisador conta que o tema surge de suas reflexões sobre o atual contexto de revisionismo histórico, de democracia ameaçada e de retrocesso em direitos, e é pensado como contribuição para lembrar à sociedade que o passado violento e autoritário das ditaduras não pode se repetir. 

Um dos diferenciais da tese partiu da ideia de Felipe Boff de realizar experimentações com fotografias, desenhos, anotações nas margens de livros e, ao final, na própria tese, como parte de seus movimentos metodológicos. O trabalho teve orientação do professor Reges Schwaab (Poscom/UFSM). A Banca Examinadora foi composta pelas professoras Claudia Caimi (PPGLET/UFRGS) e Marta Maia (PPGCOM/UFOP) e pelo professor Cássio Tomaim (Poscom/UFSM).

O texto completo está disponível no repositório Manancial, da UFSM. 

 


Texto: Júlia Petenon

Edição: Anna Júlia da Silva e Reges Schwaab

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