Projeção em superfícies irregulares
O “Campus Open Mapping” foi uma improvisação audiovisual sobre uma superfície diferente das habituais. Os trabalhos apresentaram diversas linguagens, como animação, performance, dança e vídeo. “O video mapping dialoga com as superfícies projetadas de modo geral. O mais popular talvez seja a arquitetônica. No entanto, essa ideia surgiu motivada por duas aulas de video mapping que ministrei na graduação”, explica o artista visual e integrante do grupo, Calixto Bento.
Conforme os membros do AVx, a escolha da Biblioteca Central se deu devido à posição e à extensão da fachada, o fácil acesso e, principalmente, ao fluxo de público que transita em direção ao Restaurante Universitário, à Casa do Estudante, ao Hospital Universitário e aos demais pontos da UFSM. “Acredito que o video mapping seja feito principalmente para quem está em trânsito, surpreendendo o olhar cotidiano de quem passa por essa arquitetura ressignificada, remodelando a rigidez dos traços urbanos através da fluidez audiovisual”, pontua Calixto.
Como a técnica se utiliza de espaços públicos, a experiência, conforme os integrantes do grupo, ajuda a valorizar o patrimônio público. “Acredito que o edifício da Biblioteca Central, que foi a ‘menina dos olhos’ dos arquitetos que a desenvolveram, devido a sua simplicidade e beleza da sua constituição, em alguns momentos destes 47 anos de história, com a expansão do campus, fique condenada a ser um prédio como outro qualquer”, complementa o artista.