GESTANTE EM REINÍCIO DE TARV APÓS ABANDONO
A MVHIV em situação de abandono de TARV e que engravida deve, assim que for readmitida no serviço, realizar avaliação de sintomas e exame físico, investigação de possíveis IO (infecção oportunista), coleta de CV-HIV e de contagem de LT-CD4+ e iniciar um esquema de TARV de resgate conforme as orientações a seguir.
O manejo da TARV pós-abandono deve respeitar os princípios de TARV de resgate. Para escolha do melhor esquema, deve-se considerar: (BRASIL, 2022 pág 85 e 86)
- Histórico de esquemas de TARV;
- Falhas virológicas e testes de genotipagem prévios;
- Contagem de LT-CD4 e exame de CV-HIV;
- Motivo da interrupção da TARV, com o objetivo de avaliar dificuldades na adaptação ou intolerância medicamentosa;
- Idade gestacional – especial atenção às gestantes admitidas no terceiro trimestre em situação de abandono.
Em relação ao esquema de TARV, as recomendações para gestante em abandono de TARV são: (BRASIL, 2022 pág 86)
- Recomenda-se iniciar empiricamente a TARV com dois ITRN associados a um IP/r (preferencialmente Darunavir (DRV/R), na posologia de 600mg/100mg de 12/12h);
- Após quatro a seis semanas de uso efetivo de TARV, deve-se coletar nova CV-HIV e, se detectável, genotipagem para avaliação do tratamento e readequação do esquema de TARV;
- Nos casos de gestante em abandono de TARV, com readmissão tardia no pré-natal (3º trimestre), considerar esquema contendo inibidores de integrase, preferencialmente o Dolutegravir (DTG), em função da capacidade de atingir a supressão viral mais rapidamente.