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Relatos de Extensão 2023: A psicologia vai para a escola



Número: 042284

Nome do projeto: A psicologia vai para a escola: Articulando saberes e fazeres

Coordenação: Taís Fim Alberti

Objetivo geral: Aprofundar o conhecimento acerca da interface Psicologia-Escola, para que se conheça as possibilidades de atuação nesse contexto. Desconstruir o modelo clínico como prática dentro da escola, ótica sob a qual muitos profissionais veem a atuação do psicólogo nessa esfera da vida social.

Linhas de extensão: Desenvolvimento humano

Período de realização: 18/02/2016 a 29/03/2024

ODS: 04, 10


A psicologia trabalha com diversos campos da sociedade, buscando compreender e proporcionar o bem estar do ser humano. Entre as diversas abordagens, existe a Psicologia Escolar e Educacional que têm como foco principal o desenvolvimento no campo da educação e promoção de melhorias no ambiente educacional. Trabalha com as questões que interferem no processo de ensino-aprendizagem, por meio da abordagem da Psicologia Escolar Crítica, busca compreender a escola a partir de suas múltiplas determinações – das suas relações sociais, histórica, econômicas, políticas e culturais – que são constitutivas da educação.

O projeto realiza rodas de conversa, oficinas e debates com estudantes e professores, a partir de uma proposta participativa-colaborativa e dialógica-problematizadora. A ação surgiu em 2016 e desde seu início atua em uma escola pública municipal de Santa Maria. Segundo a docente do Departamento de Psicologia e coordenadora da iniciativa, Taís Fim Alberti, o projeto integra a equipe da escola, acompanha reuniões de professores e pais, e atividades festivas. “Participamos em várias instâncias para tentar conhecer a dinâmica de funcionamento da escola, e vamos atuando conforme as demandas surgem”, afirma a docente.

Pela quantidade de alunos, o projeto não tem condições de atender todas as turmas e professores da escola. Então são definidas as turmas de um mesmo período, para serem acompanhadas a partir das demandas definidas pela equipe escolar em conjunto com a ação. De acordo com Tais, nos últimos anos a iniciativa trabalhou com as turmas do sexto ano, por ser um período de transição em que mais disciplinas são acrescentadas no currículo, aumentam as exigências escolares, além de ser uma fase de transição no desenvolvimento humano com início da adolescência.

Os participantes da ação são divididos em dois grupos para trabalhar simultaneamente com os alunos e professores. “Trabalhamos com a capacitação de professores em serviço, para que não seja mais uma tarefa para eles que já têm várias atividades. Tentamos acordar com a escola para que essa formação aconteça no horário de trabalho deles”, explica a coordenadora.

De acordo com Tais, o “maior foco é a questão do desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, para que esses jovens e crianças se apropriem do conhecimento socialmente elaborado. Nosso papel é mediar esse processo trabalhando com a comunidade, e garantir o direito fundamental de acesso à educação”. Também são realizados alguns acolhimentos, porém as questões trazidas pelos jovens são pensadas de maneira coletiva, com um olhar no contexto e a análise de todas as partes.

Inicialmente a ideia era tornar o projeto itinerante, porém após um ano na escola a equipe percebeu que precisava proporcionar uma assistência a longo prazo, para compreender a dinâmica e realidade do colégio. “Entendemos que para ter um resultado a longo prazo a nossa permanência também precisaria durar mais tempo. Até para fazer uma ação que realmente tenha alguma repercussão, se não o trabalho acaba sendo de “apagar incêndios”, então optamos por permanecer nessa escola”, afirma a coordenadora

Segundo Tais, a contribuição para os bolsistas e voluntários do projeto é a aproximação da teoria – aquilo que aprendem no curso – com a prática, conhecendo novas realidades. A atuação a longo prazo do projeto, cria espaços de fala e de escuta, e promove o debate de temáticas que vão desenvolver o espaço de ensino-aprendizagem. “Trabalhamos na ideia de rodas de conversa, para que a palavra circule entre todos”, declara Tais. Além disso, o projeto incentiva os alunos a conhecer a Universidade, promovendo o sentimento de pertencimento nesta Instituição pública. “Quando eles [os alunos] conhecem e compreendem que esse espaço [a Universidade] também é deles é algo muito significativo”, reflete a docente.

Texto por: Júlia Almeida

Ilustração: Samuel Teixeira

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